Dengue na gravidez aumenta risco de aborto e parto prematuro
Doença pode provocar sangramentos e queda de pressão, alerta especialista
Saúde|Do R7
Você está grávida e vive em uma cidade com surto ou epidemia de dengue. O ideal é dobrar a prevenção para evitar ser contaminada pela doença durante a gestação. De acordo com a infectologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim Régia Domous ,a dengue aumenta os riscos de sangramento, queda de pressão e aborto, preferencialmente nos primeiros três meses de gestação. Já, se adquirida no último trimestre, a dengue pode facilitar o trabalho de parto prematuro.
— Durante a gravidez o organismo da mulher está diretamente voltado para o desenvolvimento do feto, o que deixa sua imunidade mais enfraquecida e corpo vulnerável ao vírus. No entanto, raramente a doença é passada para o bebê.
A médica explica que os sintomas e tratamento são os mesmos de uma mulher não gestante, que são: febre alta (39° a 40°) de início abrupto com duração de até 48h, dor de cabeça, dor muscular, presença de manchas vermelhas no corpo, náusea, sinais de desmaio e dificuldade na ingestão de líquidos.
— Sangramentos e dor abdominal também são sinais de alerta, embora possam ser confundidos com sintomas da própria gravidez. Na dúvida, recomenda-se procurar o atendimento médico.
Acha que está com dengue? Médicos esclarecem as principais dúvidas
Caso sinta algum desses sintomas, a grávida deverá procurar o hospital imediatamente, onde passará por um diagnóstico clínico, “prova do laço” — procedimento avalia a fragilidade do vaso sanguíneo e a tendência do paciente à hemorragia — e exame de sangue para contagem hematócitos e plaquetas. Também é importante que ela faça um ultrassom obstétrico para checar a saúde do bebê.
A gravidade do caso e eventuais complicações é que irão determinar se gestante fará o tratamento no hospital ou em casa. Mesmo retornando para sua casa, a grávida deve ser monitora diariamente. O tratamento é a base de repouso e muita hidratação.