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Jovem bailarina sobrevive a câncer de mama, mas ainda sofre efeitos da quimio

Mesmo sem ânimo para comemorar a cura, paulista já começou ações de luta contra a doença

Saúde|Do R7

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Força, coragem e determinação. Estas são as palavras que definem a batalha da bailarina e educadora Marília Costa e Silva, de 29 anos, contra o câncer de mama.  Em uma emocionante entrevista ao R7, por ocasião do Outubro Rosa, a jovem dançarina conta os principais desafios do tratamento, desde o início do diagnóstico até a vitória da cura. Acompanhe Reportagem: Fabiana Grillo, do R7
A luta contra o câncer de mama durou quase um ano. A confirmação do diagnóstico da doença aconteceu em dezembro de 2012 e há poucas semanas, Marília recebeu a tão esperada alta médica.  — Estou vivendo como se fosse um luto. Nos últimos dias, chorei tudo o que não chorei durante o tratamento inteiro. Lutei tanto que ainda não consigo comemorar. Sinto-me como um corredor de maratona que cruza a linha de chegada e cai no chão. Apesar de parecer estranho, todo desânimo relatado pela paulista de Diadema se deve ainda aos efeitos da quimioterapia. — Tive força o suficiente para vencer essa batalha, mas sinceramente ainda não sinto alegria. Estou cansada física e emocionalmente
Para marcar o fim da luta contra o câncer de mama, a jovem resolveu fazer um ensaio fotográfico ainda careca. — O ballet sempre foi uma das minhas grandes paixões e tive que abrir mão por causa do tratamento. Por isso, fui clicada dançando. Ficou lindo! Compartilhei as fotos nas redes sociais e recebi muitas mensagens de mulheres que estão nesta luta. Foi muito positivo e gratificante Dor e amor em fotos: marido comove o mundo ao mostrar a luta da mulher contra o câncer de mama
Jovem e sem nenhum histórico familiar de câncer de mama, Marília nem imaginava que um dia poderia ser vítima da doença. O primeiro sinal que a fez procurar o médico foi à detecção, por meio do exame de toque, de caroço doloridos nas mamas. — Fiz os exames e o tumor ainda estava pequeno, com apenas 2 cm. Em janeiro deste ano, passei por uma cirurgia para a retirada do nódulo e, desde então, não tenho o mamilo do seio esquerdo. Vou fazer a plástica para reconstrução no ano que vem
Ter a família e os amigos sempre presentes foi decisivo nesta caminhada de luta pela sobrevivência. Apesar das restrições impostas pela doença, Marília conta que sempre tentou levar uma vida o mais próximo do normal.  — Não tive tempo para lamentar o diagnóstico e sabia que tudo dependia de mim. Mas, ter os familiares e amigos do meu lado foi fundamental porque me deixou ainda mais forte. Eles funcionavam como uma válvula de escape. Quando saía, queria me divertir e não falar da doença e do tratamento Mulheres mostram suas cicatrizes em campanha de combate ao câncer de mama na internet
A quimioterapia, lembra Marília, foi um dos períodos mais difíceis do tratamento.  — Por mais que eu lutasse para não desanimar, a quimio me deixava em um estado de depressão incontrolável durante uns três dias. É como se aquela química matasse a minha disposição e ânimo. Ao todo a jovem enfrentou 16 sessões de quimioterapia e 30 de radioterapia, com alguns intervalos Silicone pode facilitar diagnóstico de câncer de mama, diz especialista
Ao contrário de muitas mulheres que lutam contra o câncer, a jovem garante que raspar o cabelo não foi a parte mais sofrida do tratamento.  — Já tinha o desejo de ficar careca antes de descobrir a doença. Como já sabia que o cabelo iria cair, resolvi cortar 15 dias após a primeira quimioterapia. Mas, para marcar o momento, convidei amigos e familiares próximos Homens também são vítimas do câncer de mama
Marília convidou uma amiga para conduzir o ritual. Foi ela quem explicou que em algumas culturas as mulheres guerreiras raspam o cabelo em sinônimo de desapego, coragem e força. Foi com esta mensagem que o pai e um amigo passaram a máquina no cabelo da filha.  — Não chorei e nem foi desesperador. Pelo contrário, me senti aliviada, à vontade e muito mais bonita. Só usava lenço ou touca no calor ou frio, como proteção mesmo Bebida alcóolica e menstruação precoce aumentam o risco de câncer de mama
Mais do que ficar careca, a bailarina conta que uma das principais dificuldades da doença é ficar sem saber o que vai acontecer no dia seguinte.   — O sentimento de incapacidade e a falta de controle e domínio da doença foram um dos grandes obstáculos. Além disso, ver a minha família abalada, especialmente meu pai e irmão, foi muito difícil. Sentia-me culpada e, por muitas vezes, mais consolava do que era consolada. Eu também tentava não chorar na frente deles, porque não queria vê-los sofrer ainda mais
Formada em ballet clássico e dedicada a dança desde os nove anos, a professora foi obrigada a deixar uma das grandes paixões de lado por causa da fraqueza e debilidade do corpo. — Era impossível dançar, porque fisicamente não tinha força para nada. Nos dias em que me sentia bem, até ia dar aula, mas tinha o auxílio de uma estagiária. Meus alunos souberam de tudo desde o diagnóstico
O preconceito não foi sentido na pele e Marília acredita que os olhares das pessoas desconhecidas eram mais por curiosidade. — Acho que pelo fato de estar careca, usar máscara e ser jovem, é normal despertar curiosidade. Não sentia que as pessoas tinham dó. Mas, no caso de crianças, as opiniões são mais espontâneas
Em nenhum momento, a bailarina pensou em esconder a doença por vergonha. Para ela, enfrentar esta luta com o apoio dos amigos, assumir a careca e ajudar outras mulheres fazia parte do tratamento. Como a dança sempre foi sua válvula de escape, e esta atividade ficou de lado, ela precisou encontrar outra aptidão. — Tenho um lado artístico e emocional muito forte. Então, resgatei meu blog Inquieta Razão e comecei a postar o que estava sentindo. Percebi que isso ajudava não só as pessoas em tratamento, mas também meus amigos. Eles passaram a dar mais valor à vida e isso me fazia continuar a escrever e desenhar
Assim como muitas mulheres, a jovem bailarina sempre teve o sonho de ser mãe, mas nunca imaginou que esta decisão teria que ser tomada de um dia para o outro.  — O sonho de ter filhos parecia distante, mas com a confirmação do diagnóstico de câncer precisei tomar a decisão de congelar os óvulos em 24 horas. Estava muito aflita para iniciar a quimioterapia e optei por não fazer a fertilização, porque isso atrasaria o meu tratamento em 15 dias
Apesar da alta médica, Marília ainda precisa se submeter a alguns exames e continuar o tratamento para evitar que a doença volte. Pelos próximos cinco anos ela vai tomar uma medicação e não pode engravidar. Além disso, a jovem precisa fazer o mesmo teste investigativo feito pela atriz Angelina Jolie.  — Preciso saber se tenho uma falha genética e, em caso positivo, é grande a chance de reincidência da doença e também de câncer de ovário. O problema é que o exame BRCA 1 e 2 custa de R$ 4.000 a 7.000. Enquanto isso, a professora está voltando às suas atividades. — Estou confusa com a possibilidade de ter que retomar a vida. Parece que não restaram forças para recomeçar Cirurgia de Angelina Jolie reduz em 95% chance de aparecimento do câncer de mama hereditário
Marília escolheu a instituição Se Toque Melhor, que trabalha com mulheres vítimas de câncer de mama, para ajudar de forma voluntária. Embora ainda não tenha começado o trabalho, ela pediu dinheiro de presente de aniversário e doou para a instituição. Além disso, outra ideia foi utilizar o blog para encenar um espetáculo de dança solo sobre o câncer de mama.   — O projeto já está escrito, mas estou em busca de patrocínio para concretizá-lo. O nome do espetáculo vai ser o mesmo do blog, ou seja, Inquieta Razão
A luta contra o câncer de mama não é fácil e exige muita dedicação não só do paciente como também de toda a equipe médica. A jovem bailarina de 29 anos revela que fez o tratamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde), no hospital A.C. Camargo, e que “o atendimento humanizado, amoroso e solidário é essencial para a vencer esta batalha”.  — Os médicos e enfermeiros são fatores determinantes no tratamento. O paciente cria um vínculo e contato com eles muito grande e este relacionamento humanizado é o que nos dá segurança e força para seguir em frente

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Força, coragem e determinação. Estas são as palavras que definem a batalha da bailarina e educadora Marília Costa e Silva, de 29 anos, contra o câncer de mama.  Em uma emocionante entrevista ao R7, por ocasião do Outubro Rosa, a jovem dançarina conta os principais desafios do tratamento, desde o início do diagnóstico até a vitória da cura. Acompanhe Reportagem: Fabiana Grillo, do R7
A luta contra o câncer de mama durou quase um ano. A confirmação do diagnóstico da doença aconteceu em dezembro de 2012 e há poucas semanas, Marília recebeu a tão esperada alta médica.  — Estou vivendo como se fosse um luto. Nos últimos dias, chorei tudo o que não chorei durante o tratamento inteiro. Lutei tanto que ainda não consigo comemorar. Sinto-me como um corredor de maratona que cruza a linha de chegada e cai no chão. Apesar de parecer estranho, todo desânimo relatado pela paulista de Diadema se deve ainda aos efeitos da quimioterapia. — Tive força o suficiente para vencer essa batalha, mas sinceramente ainda não sinto alegria. Estou cansada física e emocionalmente
Para marcar o fim da luta contra o câncer de mama, a jovem resolveu fazer um ensaio fotográfico ainda careca. — O ballet sempre foi uma das minhas grandes paixões e tive que abrir mão por causa do tratamento. Por isso, fui clicada dançando. Ficou lindo! Compartilhei as fotos nas redes sociais e recebi muitas mensagens de mulheres que estão nesta luta. Foi muito positivo e gratificante Dor e amor em fotos: marido comove o mundo ao mostrar a luta da mulher contra o câncer de mama
Jovem e sem nenhum histórico familiar de câncer de mama, Marília nem imaginava que um dia poderia ser vítima da doença. O primeiro sinal que a fez procurar o médico foi à detecção, por meio do exame de toque, de caroço doloridos nas mamas. — Fiz os exames e o tumor ainda estava pequeno, com apenas 2 cm. Em janeiro deste ano, passei por uma cirurgia para a retirada do nódulo e, desde então, não tenho o mamilo do seio esquerdo. Vou fazer a plástica para reconstrução no ano que vem
Ter a família e os amigos sempre presentes foi decisivo nesta caminhada de luta pela sobrevivência. Apesar das restrições impostas pela doença, Marília conta que sempre tentou levar uma vida o mais próximo do normal.  — Não tive tempo para lamentar o diagnóstico e sabia que tudo dependia de mim. Mas, ter os familiares e amigos do meu lado foi fundamental porque me deixou ainda mais forte. Eles funcionavam como uma válvula de escape. Quando saía, queria me divertir e não falar da doença e do tratamento Mulheres mostram suas cicatrizes em campanha de combate ao câncer de mama na internet
A quimioterapia, lembra Marília, foi um dos períodos mais difíceis do tratamento.  — Por mais que eu lutasse para não desanimar, a quimio me deixava em um estado de depressão incontrolável durante uns três dias. É como se aquela química matasse a minha disposição e ânimo. Ao todo a jovem enfrentou 16 sessões de quimioterapia e 30 de radioterapia, com alguns intervalos Silicone pode facilitar diagnóstico de câncer de mama, diz especialista
Ao contrário de muitas mulheres que lutam contra o câncer, a jovem garante que raspar o cabelo não foi a parte mais sofrida do tratamento.  — Já tinha o desejo de ficar careca antes de descobrir a doença. Como já sabia que o cabelo iria cair, resolvi cortar 15 dias após a primeira quimioterapia. Mas, para marcar o momento, convidei amigos e familiares próximos Homens também são vítimas do câncer de mama
Marília convidou uma amiga para conduzir o ritual. Foi ela quem explicou que em algumas culturas as mulheres guerreiras raspam o cabelo em sinônimo de desapego, coragem e força. Foi com esta mensagem que o pai e um amigo passaram a máquina no cabelo da filha.  — Não chorei e nem foi desesperador. Pelo contrário, me senti aliviada, à vontade e muito mais bonita. Só usava lenço ou touca no calor ou frio, como proteção mesmo Bebida alcóolica e menstruação precoce aumentam o risco de câncer de mama
Mais do que ficar careca, a bailarina conta que uma das principais dificuldades da doença é ficar sem saber o que vai acontecer no dia seguinte.   — O sentimento de incapacidade e a falta de controle e domínio da doença foram um dos grandes obstáculos. Além disso, ver a minha família abalada, especialmente meu pai e irmão, foi muito difícil. Sentia-me culpada e, por muitas vezes, mais consolava do que era consolada. Eu também tentava não chorar na frente deles, porque não queria vê-los sofrer ainda mais
Formada em ballet clássico e dedicada a dança desde os nove anos, a professora foi obrigada a deixar uma das grandes paixões de lado por causa da fraqueza e debilidade do corpo. — Era impossível dançar, porque fisicamente não tinha força para nada. Nos dias em que me sentia bem, até ia dar aula, mas tinha o auxílio de uma estagiária. Meus alunos souberam de tudo desde o diagnóstico
O preconceito não foi sentido na pele e Marília acredita que os olhares das pessoas desconhecidas eram mais por curiosidade. — Acho que pelo fato de estar careca, usar máscara e ser jovem, é normal despertar curiosidade. Não sentia que as pessoas tinham dó. Mas, no caso de crianças, as opiniões são mais espontâneas
Em nenhum momento, a bailarina pensou em esconder a doença por vergonha. Para ela, enfrentar esta luta com o apoio dos amigos, assumir a careca e ajudar outras mulheres fazia parte do tratamento. Como a dança sempre foi sua válvula de escape, e esta atividade ficou de lado, ela precisou encontrar outra aptidão. — Tenho um lado artístico e emocional muito forte. Então, resgatei meu blog Inquieta Razão e comecei a postar o que estava sentindo. Percebi que isso ajudava não só as pessoas em tratamento, mas também meus amigos. Eles passaram a dar mais valor à vida e isso me fazia continuar a escrever e desenhar
Assim como muitas mulheres, a jovem bailarina sempre teve o sonho de ser mãe, mas nunca imaginou que esta decisão teria que ser tomada de um dia para o outro.  — O sonho de ter filhos parecia distante, mas com a confirmação do diagnóstico de câncer precisei tomar a decisão de congelar os óvulos em 24 horas. Estava muito aflita para iniciar a quimioterapia e optei por não fazer a fertilização, porque isso atrasaria o meu tratamento em 15 dias
Apesar da alta médica, Marília ainda precisa se submeter a alguns exames e continuar o tratamento para evitar que a doença volte. Pelos próximos cinco anos ela vai tomar uma medicação e não pode engravidar. Além disso, a jovem precisa fazer o mesmo teste investigativo feito pela atriz Angelina Jolie.  — Preciso saber se tenho uma falha genética e, em caso positivo, é grande a chance de reincidência da doença e também de câncer de ovário. O problema é que o exame BRCA 1 e 2 custa de R$ 4.000 a 7.000. Enquanto isso, a professora está voltando às suas atividades. — Estou confusa com a possibilidade de ter que retomar a vida. Parece que não restaram forças para recomeçar Cirurgia de Angelina Jolie reduz em 95% chance de aparecimento do câncer de mama hereditário
Marília escolheu a instituição Se Toque Melhor, que trabalha com mulheres vítimas de câncer de mama, para ajudar de forma voluntária. Embora ainda não tenha começado o trabalho, ela pediu dinheiro de presente de aniversário e doou para a instituição. Além disso, outra ideia foi utilizar o blog para encenar um espetáculo de dança solo sobre o câncer de mama.   — O projeto já está escrito, mas estou em busca de patrocínio para concretizá-lo. O nome do espetáculo vai ser o mesmo do blog, ou seja, Inquieta Razão
A luta contra o câncer de mama não é fácil e exige muita dedicação não só do paciente como também de toda a equipe médica. A jovem bailarina de 29 anos revela que fez o tratamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde), no hospital A.C. Camargo, e que “o atendimento humanizado, amoroso e solidário é essencial para a vencer esta batalha”.  — Os médicos e enfermeiros são fatores determinantes no tratamento. O paciente cria um vínculo e contato com eles muito grande e este relacionamento humanizado é o que nos dá segurança e força para seguir em frente

Força, coragem e determinação. Estas são as palavras que definem a batalha da bailarina e educadora Marília Costa e Silva, de 29 anos, contra o câncer de mama.  Em uma emocionante entrevista ao R7, por ocasião do Outubro Rosa, a jovem dançarina conta os principais desafios do tratamento, desde o início do diagnóstico até a vitória da cura. Acompanhe Reportagem: Fabiana Grillo, do R7

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