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Mais Médicos: nova leva de profissionais vai atender regiões extremamente pobres

Ministro da Saúde pediu para cubanos não terem vergonha de falar o português

Saúde|Fabiana Grillo, do R7

Profissionais vão atuar em 1.745 municípios e 15 distritos indígenas após as três semanas de aulas sobre saúde pública brasileira e língua portuguesa
Profissionais vão atuar em 1.745 municípios e 15 distritos indígenas após as três semanas de aulas sobre saúde pública brasileira e língua portuguesa

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou na manhã desta segunda-feira (18), em São Paulo, da primeira aula do ciclo de avaliação de 3.000 médicos cubanos que desembarcaram nas últimas duas semanas no País para trabalhar no programa Mais Médicos.

Segundo o Ministério da Saúde, os profissionais vão atuar em 1.745 municípios e 15 distritos indígenas após as três semanas de aulas sobre saúde pública brasileira e língua portuguesa. Eles vão ocupar vagas ociosas da segunda etapa do programa.

Aprovados, os médicos recebem o registro profissional provisório para iniciar o trabalho. Segundo o governo federal, serão 300 profissionais na capital paulista, 1.872 em Brasília, 192, em Belo Horizonte, 236 em Fortaleza e 400 em Vitória. A previsão é que os médicos comecem suas atividades nos municípios em dezembro.

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No discurso de boas-vindas, Padilha ressaltou que parte da nova leva de médicos vai atender regiões extremamente pobres que não tinha acesso a médicos.

— Apesar de São Paulo ser o lugar mais rico do País, tem o Vale do Ribeiro, que é extremamente pobre e não tinha médicos. Agora passará a ter.


O ministro da Saúde também pediu para os profissionais "abrirem a boca".

— Não tenham vergonha de falar o português. Mais do que qualquer aparelho, sabemos que as pessoas querem ser ouvidas, conversar. E vocês têm formação para isso. Vocês dão aula de cuidados com a saúde em qualquer lugar do mundo. Este é um passo bastante corajoso para ajudar o fortalecimento da saúde no País.


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Com a nova leva de médicos, mais 10,3 milhões de pessoas passarão a ter assistência, atingindo um total de 22,9 milhões de brasileiros. Atualmente, são 3.663 médicos atuando em 1.099 municípios e 19 DSEI (Distritos Sanitários Especiais Indígenas). São Paulo conta com 356 profissionais do programa em 48 municípios.

O secretário de Saúde de São Bernardo do Campo, Arthur Chioro, agradeceu a vinda dos profissionais e ressaltou que a iniciativa vem para somar e é de grande importância para o País.

— Este conjunto de profissionais vindo de vários países soma esforço para ajudar o povo brasileiro a enfrentar esta dificuldade. A vinda destes médicos é de uma enorme importância. A população de regiões carentes é muito agradecida a cada um de vocês que estão exercendo a medicina além da fronteira do País.

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