Padilha critica protesto de profissionais de saúde contra o Mais Médicos
Ministro diz que está com as portas abertas para ouvir sugestões
Saúde|Da Agência Brasil
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, criticou o cancelamento de cirurgias e consultas em unidades do SUS (Sistema Único de Saúde), como forma de protestar contra o programa Mais Médicos, anunciado pelo governo federal.
— O Ministério da Saúde está com as portas abertas para ouvir sugestões. Mas não concordo que se prejudique a população que às vezes espera meses por uma cirurgia ou para uma consulta. Apresentem as propostas concretas, mas não partam para uma tática que prejudique a população.
O ministro informou que passou a manhã na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) ouvindo professores, representantes de estudantes e médicos, que apresentaram sugestões ao Mais Médicos. Segundo Padilha, o governo está aberto ao diálogo para aprimorar o programa.
— Quem vier apresentar propostas, se manifestar e discutir soluções, elas [as propostas] serão muito bem-vindas. Não acho correto prejudicar a população, cancelando cirurgias e consultas por um programa que não baixa o salário de ninguém, não tira emprego de ninguém, pelo contrário, gera empregos e oportunidade para médicos brasileiros.
Médicos continuam com protestos nesta quarta-feira
O ministro deu as informações depois de participar, no centro do Rio, da inauguração do IEC (Instituto Estadual do Cérebro). O Ministério da Saúde vai custear 50% dos gastos de manutenção da unidade. Padilha assinou a portaria durante a cerimônia. O percentual corresponde a R$ 45,3 milhões por ano, que vai cobrir ainda os custos do Hospital Estadual Anchieta, instalado no Caju, zona portuária do Rio. A unidade vai prestar suporte clínico aos pacientes do IEC.