A ocorrência de infartos é algo frequente no Brasil. De acordo com dados do INC (Instituto Nacional de Cardiologia), entre 2008 e 2022 houve um aumento de 158% no número de internações em virtude de paradas cardíacas. Por se tratar de uma situação de urgência, a ação rápida é imprescindível para que não existam complicações ou até mesmo a morte.
"Saber realizar a massagem cardíaca é fundamental, pois pode fazer a diferença entre a vida e a morte em uma emergência. Quando uma pessoa sofre um infarto silencioso, as chances de sobrevivência aumentam significativamente se alguém próximo souber como realizar a RCP (ressuscitação cardiopulmonar) adequadamente até a chegada do atendimento médico", alega o médico ortomolecular Vital Fernandes.
Ele explica que a massagem cardíaca consiste em comprimir o peito de uma vítima de parada cardíaca, para manter o fluxo sanguíneo e o oxigênio no cérebro e nos órgãos vitais. A técnica pode ser realizada por qualquer pessoa.
As compressões devem ser feitas no centro do peito, usando-se as palmas das mãos, com uma profundidade de cerca de 5 cm a 6 cm e aproximadamente 100 a 120 compressões por minuto.
"Curiosamente, alguns estudos têm mostrado que ritmos musicais com uma taxa de 100 a 120 batimentos por minuto podem ajudar a manter o ritmo adequado durante a realização da massagem cardíaca e podem servir como uma espécie de 'metrônomo musical' para auxiliar na compressão adequada do peito. Músicas como Another One Bites the Dust, do Queen, e Que País É Esse?, da Legião Urbana, são exemplos de canções nacionais e internacionais que têm esse ritmo."
• Compartilhe esta notícia no WhatsApp
• Compartilhe esta notícia no Telegram
A AHA (American Heart Association) lista algumas músicas que podem ser usadas para auxiliar na contagem das pressões a ser realizadas durante massagem cardíaca, conforme seu ritmo.
A mais famosa é Stayin Alive, do Bee Gees, com 104 BPM (batidas por minuto). Poker Face, de Lady Gaga, também é uma das músicas com possibilidade de uso para salvar vidas, com 119 BPM. Já Stay, de Rihanna, tem 112 BPM. A clássica Dancing Queen, da banda Abba, tem 101 BPM, e também pode ser usada para os momentos de emergência.
Taylor Swift tem um catálogo de músicas que contêm a quantidade média de batidas que se encaixam nas pressões a ser exercidas no peito. Entre as músicas da loirinha, a AHA elenca Feraless (Taylor's Version) e 22 (Taylor's Version), com 104 BPM; The Man e Mirrorball,com 110 BPM; Sparks Fly (Taylor's Version), com 117 BMP; e Enchanted (Taylor's Version), com 107 BPM.
Entre os homens, o rei do pop, Michael Jackson, integra a lista com Don't Stop'Til You Get Enough, com 119 BPM, acompanhado por Justin Timberlake, com Can't Stop the Feeling, que tem 113 BPM.
A cantora americana Beyoncé também elenca o repertório, com o hit Break My Soul, com 115 BPM, enquanto Virgo's Groove tem 108 BPM. Outra música da cantora que integra o catálogo, segundo Fernandes, é Crazy in Love.
O médico acrescenta que é importante atentar aos sinais de que a pessoa está recobrando a consciência. Caso isso ocorra, a massagem cardíaca deve ser encerrada e o serviço de emergência, contatado.
Leia também
"A massagem cardíaca só deve ser realizada em casos de parada cardíaca, quando a vítima está inconsciente, sem pulso e sem respirar normalmente. Tentar realizar a RCP em uma pessoa que não precisa disso pode causar danos desnecessários e atrasar a assistência médica de que ela realmente necessita", finaliza.
Infarto na mulher pode passar despercebido. Menopausa preocupa
O infarto na mulher possui características diferentes em relação ao infarto no homem. Segundo o cardiologista Marcelo Sampaio, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, no caso da mulher as dores podem ter outra intensidade, irradiação e outros s...
O infarto na mulher possui características diferentes em relação ao infarto no homem. Segundo o cardiologista Marcelo Sampaio, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, no caso da mulher as dores podem ter outra intensidade, irradiação e outros sintomas atípicos, como fraqueza e tontura. Por conta da diferença dos sintomas, a mulher demoraria mais tempo a procurar o pronto-socorro, quando comparada ao homem