Ppresidente da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), Nabil Sahyoun
Fernando Mellis/R7O presidente da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), Nabil Sahyoun, abriu nesta quinta-feira (5) o 3º Simpósio Nacional de Varejo e Shopping com uma fala que destacou a importância do evento para “discutir o Brasil”.
“Essa concentração de aproximadamente 300 empresários nesses painéis que nós vamos discutir vão trazer uma contribuição extraordinária de reflexão para este momento que o Brasil atravessa”, afirmou Sahyoun, que destacou a participação de três pré-candidatos à Presidência nos quatro dias de evento.
Para Sahyoun, é importante mostrar aos pleiteantes ao comando do País necessidade das reformas estruturais.
Após abrir o simpósio, o presidente da Alshop convidou o presidente da Câmara dos Deputados e pré-candidato ao Planalto nas eleições deste ano, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para se posicionar sobre a atual situação do País.
Durante sua fala, realizada após um coquetel de boas-vindas aos que vão acompanhar o simpósio, Maia comentou algumas das recentes aprovações do Congresso e voltou a defender as reformas estruturais e garantiu que vai lutar para que os juros cheguem mais baixos aos consumidores e empresas.
“Vamos enfrentar na Câmara essa distorção absurda que existe entre a taxa de juros do Banco Central e a taxa de juros exercida na ponta, para a sociedade e os empresários. É um absurdo que o governo tenha uma taxa de 6,75% ao ano e média que a sociedade paga no Brasil ser de 30% ou 40%."
O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), durante simpósio
Rodrigo Maia, simpósioAo citar a necessidade das mudanças no sistema tributário do País, o deputado classificou o sistema atualmente em vigor como "muito injusto". Ele, no entanto, observa que o tema não deve ser tratado com prioridade porque, segundo ele, existe a possibilidade de fazer com que o “desespero dos Estados levem a medidas piores do que as que já temos”.
"Me questionam por que eu não defendo com tanta força a reforma tributária, mas temos que tomar cuidado para que essa linha não se torne algo pior com a crise dos Estados."
De acordo com Maia, é preciso discutir essas realidades e entender que os temas estruturais devem ser discutidos entre os candidatos nas eleições deste ano. “São muitos desafios, mas tenho certeza de que a Câmara não fugiu de nenhum desses temas e é preciso entender que eles precisam estar no debate eleitoral”, disse ele.