Cometa 67/P Churyumov-Gerasimenko é rígido como gelo e possuí moléculas
Tecnologia e Ciência|Do R7
Frankfurt (Alemanha), 18 nov (EFE). - Rígido como o gelo e com moléculas orgânicas, que ainda são analisadas para ser identificadas: assim são as particularidades do cometa 67/P Churyumov-Gerasimenko, observadas a partir dos primeiros resultados dos experimentos científicos do módulo Philae, que aterrissou na quarta-feira passada na superfície do cometa para estudá-lo. A Agência Espacial Europeia (ESA) informou nesta terça-feira que a missão da nave-mãe Rosetta continua após a aterrissagem do pequeno laboratório Philae, que desde 15 de novembro está em repouso porque não recebe luz solar suficiente para carregar seus painéis. Contudo, a bateria que levava a bordo, com autonomia para dois dias, permitiu fazer algumas descobertas importantes com seus dez instrumentos a uma distância de 511 milhões de quilômetros, acrescentou a ESA. Philae trabalhou mais de 60 horas sem interrupção e mandou os dados para a Rosetta a cada possibilidade de comunicação que teve. Para os cientistas a superfície do cometa 67/P Churyumov-Gerasimenko é muito diferente do que pensavam até agora. Ainda conforme a agência, o sensor acoplado ao robô, Mupus, não conseguiu martelar a superfície do cometa por conta de sua rigidez. "Embora tenha aumentado gradualmente a potência do martelo, não conseguimos dirigir à profundidade do solo", disse o professor Tilman Spohn do Instituto de Pesquisas Planetárias da Agência Espacial Alemã. A broca SD2, o último dos dez instrumentos ativados, realizou testes no solo e descobriu as primeiras moléculas orgânicas, que ainda são analisadas. A Rosetta, que acompanhará o cometa até o final do próximo ano, quando se aproximar do Sol, proporciona 80% dos dados científicos e o Philae cobrirá os 20% restantes. A nave-mãe já detectou, por exemplo, que o cometa emite vapor d'água. Os cometas são os corpos celestes mais antigos do Universo e acredita-se que podem ter trazido água e vida para a Terra no momento da grande explosão. EFE aia/cdr
