Estudantes fazem limpeza de escola para não ficar sem aula na capital
Funcionários terceirizados da limpeza estavam com os salários atrasados e foram demitidos
Bahia|Do R7 com Record Bahia
Os estudantes de uma escola na Cidade Baixa, em Salvador, foram “obrigados” a fazer a limpeza da Escola Castro Alves. Essa foi a única solução encontrada para não ficar sem aulas, pois os funcionários terceirizados da limpeza estavam com os salários atrasados e foram demitidos.
O estudante Jeferson Costa denuncia que a escola está sem funcionários da limpeza, pois todos foram demitidos.
— A gente tá passando vassoura, limpando, passando pano no banheiro.
Mesmo com os esforços dos estudantes, os turnos das aulas foram reduzidos, para apenas 30 minutos, e os alunos ainda foram liberados mais cedo, porque não tinha funcionários para preparar a merenda.
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Segundo o professor Fábio Ferreira, os trabalhadores da limpeza, merendeiras e vigilantes estariam sem receber os pagamentos há três meses e tiveram os contratos rescindidos.
Revoltados com a situação, estudantes ocuparam vias da capital em protesto. Desde quarta-feira (13), alunos de vários colégios realizaram protesto em diversas vias da capital, deixando o tráfego de veículos congestionado na cidade.
O Governo do Estado afirmou que depositou, na sexta-feira (15), os salários nas contas dos trabalhadores terceirizados que prestam serviços à Secretaria da Educação. O Banco do Brasil iniciou hoje os pagamentos.
Em nota, o governo alegou estava com o dinheiro para pagar, mas estava encontrando problemas do ponto de vista cadastral das empresas, e também na verificação das certidões.
O Estado firmou também na sexta-feira os novos contratos de terceirização. O objetivo é promover os contratos com os mesmos trabalhadores que estavam nas escolas, para garantir a manutenção desse nosso quadro e não permitir que seja adotada nenhuma manobra que busque trocar os trabalhadores.