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A cada 15 horas, uma mulher foi vítima de feminicídio no Brasil em 2023

Relatório mostra que 586 mulheres perderam a vida em crimes desse tipo, causados em sua maioria por parceiros e ex-parceiros

Brasil|Do R7, em Brasília

Ao todo, 586 mulheres foram vítimas de feminicídio
Ao todo, 586 mulheres foram vítimas de feminicídio Edilson Rodrigues/Agência Senado

A cada 15 horas, uma mulher foi vítima de feminicídio em 2023. Os dados são do levantamento "Elas Vivem", feito pela Rede de Observatórios da Segurança e divulgado nesta quinta-feira (7). O estudo coleta dados sobre violência de gênero de oito estados: Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, São Paulo, Pernambuco, Piauí e Rio de Janeiro. De acordo com o relatório, no ano passado 586 mulheres foram vítimas de feminicídio nessas unidades da Federação.

O levantamento mostra que cerca de 72% dos crimes foram cometidos por parceiros ou ex-parceiros. Ao todo, em 38% dos casos, o criminoso cometeu o assassinato com arma branca e, em 23%, com arma de fogo.

São Paulo foi estado com mais registros de feminicídio, com 586, seguido por Rio de Janeiro (99), Pernambuco (92), Bahia (70), Pará (43), Ceará (42), Maranhão (38) e Piauí (28).

De acordo com o relatório, 3.181 mulheres passaram por eventos de violência de gênero em 2023, o que significa dizer que oito mulheres foram vítimas desse tipo de violência por dia. O número representa um aumento de 22% em relação a 2022, quando Pará não fazia parte do monitoramento.


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Sâo Paulo foi o único estado a ultrapassar 1.000 casos de violência – um aumento de 20% (de 898 para 1.081). Em segundo lugar, o Rio de Janeiro registrou 621 casos, uma alta de 14%.


No Nordeste, o Piauí teve cerca de 80% de aumento nas violências de gênero em 2023. Pernambuco registrou o maior número de feminicídios na região (92), enquanto o Ceará foi o principal em transfeminicídios (7). Já o Maranhão liderou os crimes de violência sexual/estupro (40 ocorrências).

No primeiro ano de monitoramento, o Pará despontou com 224 eventos violentos contra mulheres.

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