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Amazônia perde o equivalente a 3 cidades de São Paulo em madeira

Relatório inédito da rede Simex conseguiu mapear por meio de imagens de satélite o tamanho do território explorado

Brasil|Karla Dunder, do R7

Extração de madeira amazônica atinge área equivalente a três cidades de São Paulo
Extração de madeira amazônica atinge área equivalente a três cidades de São Paulo Extração de madeira amazônica atinge área equivalente a três cidades de São Paulo

Levantamento inédito feito pela rede Simex, que é formada pelas organizações ambientais Imazon, Idesam, Imaflora e ICV, divulgado neste domingo (5), quando se comemora o Dia da Amazônia, aponta que a área de extração de madeira da Amazônia é o equivalente a três cidades de São Paulo. Em um ano a floresta perdeu 4,64 mil km² de madeira, mais da metade apenas em Mato Grosso.

A rede fez o monitoramento por meio de imagens de satélite entre agosto de 2019 a julho de 2020. Pesquisadores observaram a exploração de madeira na Amazônia e também buscaram informações sobre a legalidade dessa extração, mas não conseguiram ter acesso aos dados em 7 dos 9 estados que compõe a Amazônia Legal.

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O levantamento envolveu sete dos nove estados da Amazônia Legal: Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima, que concentram praticamente 100% da produção de madeira. Apenas Mato Grosso e Pará apresentam dados abertos sobre as áreas em que é possível retirar madeira de forma legal. 

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No estudo, os pesquisadores destacam que pelo menos 11% das extrações ocorreram em áreas protegidas, onde a extração é proibida: 6% em unidades de conversavação ambiental e 5% em terras indígenas. 

O Parna dos Campos Amazônicos (AM) foi a unidade de conservação de proteção integral, onde a exploração é proibida, que teve a maior área mapeada, de 9 mil hectares. Os territórios indígenas com as maiores áreas exploradas foram Tenharim Marmelos (AM), com 6 mil hectares, Batelão (MT), com 5 mil hectares, e Aripuanã (MT), com 3 mil hectares.

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Degradação

Os pesquisadores observam que a exploração madeireira pode provocar a degradação florestal, que é um dano ambiental diferente do desmatamento. Na degradação, a floresta é continuamente empobrecida por distúrbios, como no caso da retirada de madeira sem planos de manejo.

O empobrecimento da floresta ocorre com a redução da biomassa florestal, da biodiversidade e dos estoques de madeira comerciais.

Já o desmatamento é quando ocorre o chamado “corte raso”, a remoção completa da vegetação, que pode ser feita com objetivo de converter a área em pastagem, lavoura ou garimpo, por exemplo.

Relatório do Simex sobre exploração de Madeira na Amazônia
Relatório do Simex sobre exploração de Madeira na Amazônia Relatório do Simex sobre exploração de Madeira na Amazônia

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