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Brasileiro pode estar pagando R$ 8,7 bi por energia de térmicas

 Idec aponta que usinas térmicas podem não estar entregando os volumes de energia contratados. São 33 usinas nessa situação        

Brasil|Do R7

Segundo o instituto, existem térmicas a carvão mineral, óleo diesel, óleo combustível e gás natural
Segundo o instituto, existem térmicas a carvão mineral, óleo diesel, óleo combustível e gás natural

Idec (Estudo do Instituto Brasileiro do Consumidor) aponta que o brasileiro pode estar pagando R$ 8,7 bilhões pela energia de usinas térmicas, que não estão entregando os volumes de energia contratados. O Idec identificou 33 usinas nessa situação, ou cerca de 6,5 mil megawatts.

Dentro deste grupo, segundo o instituto, existem térmicas a carvão mineral, óleo diesel, óleo combustível e gás natural.

"Os casos mais graves são os da Termorio, UTE Mauá 3 e Candiota 3, cujas receitas fixas anuais são de R$ 1,2 bilhão, R$ 1,06 bilhão, e R$ 734,5 milhões, respectivamente", explica o Idec, que realizou o estudo em parceria com o Instituto Clima e Sociedade e o apoio da consultoria Volt Robotics.

Mesmo sem operar, as térmicas garantem uma remuneração fixa, cujo custo é repassado aos consumidores via tarifa de energia (conta de luz). Somente após três anos consecutivos indisponíveis é possível rescindir o contrato entre distribuidoras e usinas geradoras.


A indisponibilidade de algumas usinas térmicas do País também é uma preocupação da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), que fez um levantamento apontando que entre janeiro a março, de 2.500 a 4.500 megawatts de geração térmica ficaram fora do SIN (Sistema Interligado Nacional), seja por falta de combustível ou linhas de transmissão para escoar a energia, ou pela idade das unidades.

A EPE sugere que as penalidades para essa falta de disponibilidade de operação sejam elevadas, como forma de inibir a situação. "Nós temos um parque térmico que aparentemente é suficiente, mas na prática tem uma parte que não tem condições de operar regularmente", disse em recente entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Adilson de Oliveira, especialista em energia.

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