CPI: Barros volta a depor após bate-boca e ameaça de cancelamento
Sessão que ouve líder do governo na Câmara foi suspensa após deputado dizer que comissão afasta vendedores de vacina
Brasil|Do R7

.A sessão da CPI da Covid desta quinta-feira (12), que ouve o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR). foi retomada nesta tarde após quase ser cancelada por causa de um bate-boca entre os parlamentares.
A confusão começou quando o líder do governo fez críticas duras ao trabalho da comissão. Barros, que prestava depoimento por suposta ligação com a compra da vacina Covaxin, disse que a CPI afastou fabricantes interessados em vender vacinas ao país.
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A decisão de manter o depoimento ocorreu após conversa entre os senadores que comandam a CPI.
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Barros disse “esperar” que a CPI produza efeitos positivos. “Porque negativo já produziu muitos. Afastou muitas empresas interessadas em vender vacinas ao Brasil”. O deputado foi prontamente rebatido por vários senadores.
Omar Aziz era um dos mais exaltados: "Afastamos as vacinas que vocês do governo queriam tirar proveito", disse. Ele anunciou que a reunião estava suspensa e que iria reavaliar o "convite". Isso porque na quarta-feira (11) a comissão alterou o caráter da participação: antes, o pedido era de convocação, com participação obrigatória, e tornou-se apenas um convite.
No início da sessão, Aziz já tinha alertado que não admitiria queixas à CPI e que Barros poderia fazê-las apenas fora da reunião, se assim desejasse.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) foi a responsável por interromper a fala de Ricardo Barros no momento das críticas. "Isso não é verdade", afirmou em relação à acusação de que a comissão afastou vendedores. "Essa CPI foi instalada não tem 90 dias. Nós já tínhamos quase 400 mil vidas perdidas. Dizer que afastamos fabricantes idôneos...", reclamou.
















