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Deputado do PT diz que médica cubana 'foi tarde' porque bebia e não era aceita pelos colegas

Zé Geraldo afirma que a Ramona Rodriguez não era qualificada para trabalhar no Brasil

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Deputado diz que Pará não quer médica cubana Ramona Rordriguez
Deputado diz que Pará não quer médica cubana Ramona Rordriguez Deputado diz que Pará não quer médica cubana Ramona Rordriguez

Na tentativa defender o Mais Médicos, o deputado federal Zé Geraldo (PT-PA) fez um discurso, nesta quinta-feira (6), desqualificando a médica cubana que pediu para ser descredenciada do programa.

O parlamentar disse, no plenário da Câmara, que Ramona Rodriguez "não vai fazer falta" porque bebia e não era aceita nem pelos colegas cubanos que também vieram para o Brasil participar do Mais Médicos.

— Essa médica foi vista várias vezes totalmente embriagada, a ponto de que nem seus colegas cubanos querem ela mais lá. [...] E estou aqui com uma nota do Presidente do Conselho de Saúde do Município de Pacajá, esclarecendo que esta médica não faz falta nenhuma lá naquela cidade.

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De acordo com o deputado, Ramona “não tem condições de prestar serviço médico aqui no Brasil” e provocou a oposição, que está dando abrigo para a médica e ajudando a cubana a conseguir refúgio no País.

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— Eu quero dizer aos deputados da oposição ao Mais Médicos que podem levar a médica Ramona lá para o Goiás, para o Rio Grande do Sul; podem fazer uma vaquinha, pagar um salário para ela, e podem levá-la para onde quiser, porque lá no município do Pacajá nem o prefeito, nem vereadores, nem os seus colegas querem ela mais lá.

Zé Geraldo também tentou justificar a falta de qualificação da médica escolhida pelo governo para integrar o Mais Médicos. Segundo ele, “infelizmente, numa leva de 10, 13, 15 mil médicos, aparece um ou outro que não tem como prestar um bom serviço à população”.

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Refúgio

Ramona atendia a população da cidade de Pacajá (PA). Ela chegou ao Brasil no fim do ano passado e tem o visto e a autorização para trabalhar e morar no País vinculado ao programa Mais Médicos.

Desde a última terça-feira (4), Ramona está abrigada na liderança do DEM na Câmara dos Deputados. Ela afirma que se sentia vigiada e que não tinha liberdade para viajar a outras cidades sem ter de comunicar a médicos cubanos que também participam do programa.

DEM vai formalizar pedido de refúgio para cubana que abandonou o Mais Médicos

Ela contou ainda que se sente enganada porque, enquanto médicos brasileiros e de outras nacionalidades recebem R$ 10 mil pelo Mais Médicos, ela recebe apenas 400 dólares, cerca de R$ 900.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, anunciou nesta quarta-feira (5) que o governo irá providenciar o desligamento de Ramona do Mais Médicos porque ela abandonou o programa.

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