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DEM vai formalizar pedido de refúgio para cubana que abandonou o Mais Médicos

Ramona pediu abrigo à liderança do DEM na Câmara na terça-feira (4)

Saúde|Da Agência Câmara


Ramona Matos Rodríguez pediu refúgio no país após abandonar o programa Mais Médicos
Ramona Matos Rodríguez pediu refúgio no país após abandonar o programa Mais Médicos

O vice-líder do DEM deputado Ronaldo Caiado (GO) afirmou há pouco, após reunião com ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que o partido deverá formalizar até o final da tarde de hoje o pedido de refúgio no País para a médica cubana Ramona Matos Rodriguez. Ela abandonou o programa Mais Médicos, pelo o qual atuava desde o final do ano passado em Pacajá, no interior do Pará.

Ramona pediu abrigo à liderança do DEM na Câmara na terça-feira (4), depois de suspeitar de que estava sendo vigiada pela PF (Polícia Federal) após deixar o Pará no sábado (1º).

O ministro da Justiça disse que não há qualquer justificativa para médica estar sendo vigiada ou investigada pela PF porque, segundo ele, enquanto estiver vinculada ao Mais Médicos, Ramona tem licença para trabalhar no País como médica. Cardozo afirmou que o Ministério da Justiça e a Polícia Federal estão abertos para eventuais denúncias de investigações ilegais sobre o caso.

Até o momento, de acordo com o ministro, o Ministério da Saúde não desvinculou Ramona Rodriguez do Mais Médicos. Cardozo explicou ainda que, se ela for excluída do programa, aí, sim, perderá o visto e a licença para atuar como médica no Brasil e poderá ser deportada.


No entanto, o ministro informou ao Democratas que, uma vez formalizado, no Ministério da Justiça, o pedido de refúgio, a lei permite que Ramona permaneça no País até o julgamento do processo. Durante esse período, ela poderá, inclusive, trabalhar, mas, para exercer a medicina, terá de se submeter à legislação comum ligada ao setor e não mais às regras simplificadas que regem o Mais Médicos.

Reclamações da médica


Ramona Rodriguez disse, em coletiva à imprensa mais cedo, que sentia-se vigiada e que não tinha liberdade para viajar a outras cidades sem ter de comunicar a médicos cubanos que também participam do programa.

Ela contou sentir-se ainda enganada porque, enquanto médicos brasileiros e de outras nacionalidades recebem R$ 10 mil pelo Mais Médicos, ela recebe apenas 400 dólares, cerca de R$ 900. Pelo contrato assinado em Cuba, Ramona Rodriguez também recebia 600 dólares depositados todo mês numa conta-poupança de seu país de origem.

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