O senador Edison Lobão (PMDB-MA) fez um testemunho pessoal nesta terça-feira (17) durante audiência pública na CAS (Comissão de Assuntos Sociais) do Senado que discutiu a regulamentação da ozonioterapia como procedimento médico no Brasil. Lobão é relator do projeto de lei de autoria de Valdir Raupp (PMDB-SC) que será votado amanhã (18) na comissão em caráter terminativo.
Lobão tem um problema nas cordas vocais há vinte anos e faz tratamento com ozônio para melhorar a qualidade da voz.
— Em geral é comum fazer perguntas em audiência públicas, mas eu quero fazer um testemunho. Há vinte anos eu era dono de uma voz bonita, mas em função de um incidente nas cordas vocais fui perdendo a intensidade dela. Fui submetido a cirurgias na França, nos Estados Unidos e no Brasil e confesso que não encontrei a cura. Mas a Dra. Emília me recomendou tratamento de ozônio, não voltei a ter a voz que eu tinha, mas melhorei significativamente. Acredito nesse tipo de tratamento porque sou beneficiário dele e estou pronto para ajudar para a regulamentação.
O senador disse ainda que tratou dores de uma artrite e de uma bursite com ozonioterapia.
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Hoje a ozonioterapia é considerada uma terapia alternativa no Brasil. Seu uso não é ilegal, mas sem a regulamentação o acesso ao tratamento fica reduzido já que ele não pode ser oferecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Também não há cobertura pelos planos de Saúde.
Segundo a Associação Brasileira de Ozonioterapia, que defende a regulamentação, são diversas as doenças que podem ser tratadas e até mesmo curadas por meio desse tratamento.
Incluem-se aí queimaduras, hérnia de disco, dores articulares decorrentes de doenças inflamatórias crônicas, hérpes simples e zoster, entre outras.
Na maioria dos casos, a ozonioterapia é um tratamento auxiliar, como no câncer: o paciente mantém o tratamento recomendado, como quimioterapia e radioterapia, por exemplo, e a ozonioterapia, por oxigenar os tecidos, ajuda a melhorar a imunidade do paciente e possibilita que ele responda melhor ao tratamento quimioterápico.
Se o projeto for aprovado nesta quarta na comissão, por ter caráter terminativo, segue para análise na Câmara dos Deputados.