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Embaixador chinês rebate Guedes: 'principal fornecedor das vacinas'

Ministro da economia, que já se retratou, havia afirmado que o "chinês criou o vírus" ao falar sobre vacinas contra a covid-19

Brasil|Do R7

Embaixador Yang Wanming não citou Guedes nominalmente na publicação
Embaixador Yang Wanming não citou Guedes nominalmente na publicação

O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, rebateu o ministro da economia Paulo Guedes – que disse nesta terça-feira (27) que "o chinês criou o vírus" ao falar sobre as vacinas contra a covid-19 –, e pontuou a importância do país asiático no combate à covid-19.

"Até o momento, a China é o principal fornecedor das vacinas e os insumos ao Brasil, que respondem por 95% do total recebido pelo Brasil e são suficientes para cobrir 60% dos grupos prioritários na fase emergencial", escreveu, em suas redes sociais, sem citar Guedes nominalmente.

Wanming ainda acrescentou que a Coronavac, criada na China, é a vacina responsável pela imunização de 84% de brasileiros até agora. 

Depois da repercussão da fala, Guedes se desculpou na noite desta terça-feira (27). "Ao elogiar o setor privado, eu disse que uma economia de mercado forte, como os Estados Unidos, ao ser atingida por um vírus de fora, conseguiu produzir uma resposta mais efetiva ao problema do que o país de origem", falou Guedes.


"Foi uma imagem infeliz. Mas quero dizer que somos muito gratos à China por ter nos enviado a vacina. Eu mesmo tomei a segunda dose da CoronaVac no domingo." 

Boatos de que o novo coronavírus foi criado em laboratório já foram desmentidos pela OMS (Organização Científica Mundial) e por diversos estudos científicos.


No ano passado, Wanming teve embates públicos com membros do alto escalão do governo Bolsonaro, por falas parecidas à de Guedes. Em abril, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) disse que a pandemia foi causada pelo Partido Comunista Chinês.

"A culpa é da China e liberdade seria a solução", escreveu o filho do presidente Jair Bolsonaro. Ao responder à acusação pela mesma rede social, Wanming afirma que a manifestação vai "ferir a relação amistosa China-Brasil".

Em abril foi a vez do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, se indispor com a China. O ministro, usando imagens da Turma da Mônica, fez insinuações de que a China poderia se beneficiar, de forma propositada, da crise mundial causada pelo coronavírus. Após repercussão negativa, o post foi apagado.

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