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Ex-superintendente da PF no Rio pede para depor novamente à PF

Carlos Henrique foi interrogado ontem e pediu para ser ouvido novamente no inquérito sobre as acusações de que Bolsonaro queira intervir na PF

Brasil|Márcio Neves, do R7

Ele foi promovido para diretor executivo da PF
Ele foi promovido para diretor executivo da PF Ele foi promovido para diretor executivo da PF

O ex-superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro Carlos Henrique Oliveira de Sousa, pediu para ser ouvido novamente pela PF na investigação que analisa denúncias feitas pelo ex-ministro Sérgio Moro. 

Ele foi interrogado nesta quarta-feira (13) e chegou a afirmar que Bolsonaro nunca fez pedidos de relatórios diretamente a ele ou sua equipe quando comandava a PF no Rio de Janeiro.

Leia mais: Saída de Moro foi por derrotas como ministro, diz Carla Zambelli

Ele deve ser ouvido na próxima quarta-feira (20) pela Polícia Federal, que vai interrogar ainda três delegados da corporação, o delegado Claudio Ferreira Gomes, que coordenou as investigações do caso Marielle, Cairo Costa Duarte, superintendente da PF em MG e o delegado Rodrigo Morais que investigou o atentado sofrido por Bolsonaro durante a campanha presidencial.

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Carlos Henrique Oliveira substituiu Ricardo Saad na chefia da PF no Rio em 2019, em uma das primeiras tentativas de Bolsonaro de trocar o comando da PF em seu estado de base política.

Com a saída de Moro e a troca no comando da PF, Carlos Henrique foi escolhido para diretor executivo da corporação, segundo cargo mais importante na hierarquia da Polícia Federal.

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No depoimento de ontem, Sousa afirmou que no comando da superintendência da PF no Rio, nunca recebeu pedidos por relátorios de inteligência ou sobre quaisquer investigações a pedido da Presidência da República ou do presidente Jair Bolsonaro.

Ele também garantiu que não presenciou interferência nos trabalhos desenvolvidos pela Polícia Federal enquanto estava à frente das Superintendência de Pernambuco e do Rio de Janeiro e que nunca manteve interlocução direta com o presidente ou familiares quando assumir o comando da PF no Rio.

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O depoimento aconteceu na sede da PF em Brasília, simultaneamente ao depoimento da deputada federal Carla Zambelli e de Alexandre da Silva Saraiva, superintendente no Amazonas.

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A oitiva foi acompanhada por representantes da PGR (Procuradoria Geral da República), da AGU (Advocacia Geral da União) e de um dos advogados que representa Sérgio Moro no processo.

Já prestaram esclarecimentos no caso, além de Moro, o ex-diretor-geral da PF Maurício Valeixo, Alexandre Ramagem, um dos indicados para substituir Valeixo por Bolsonaro, Ricardo Saad, outro ex-superintendente da PF no Rio de Janeiro, e os ministros Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, e Walter Braga Netto, da Casa Civil.

Ontem, Moro e representantes da AGU, da PGR e do STF também assistiram a reunião ministerial de 22 de abril, apontada pelo ex-ministro em seu depoimento, como prova das intenções de Bolsonaro e interferir na Polícia Federal.

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