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Fachin tinha uma forte ligação com o PT, diz Bolsonaro sobre decisão

Presidente afirmou que não estranhou anulação das condenações de Lula, que agora volta a ser elegível após mais de três anos

Brasil|Do R7

Bolsonaro também disse não acreditar que povo brasileiro elegeria Lula outra vez
Bolsonaro também disse não acreditar que povo brasileiro elegeria Lula outra vez

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que não estranhou a decisão do ministro do STF, Edson Fachin, de anular as condenações do ex-presidente Lula, tornando-o elegível após mais de três anos. "Qualquer decisão dos 11 ministros é possível você prever o que eles pensam, e o que eles botam no papel. O ministro Fachin tinha, sempre teve uma forte ligação com PT, então não nos estranha uma decisão nesse sentido", disse o mandatário durante entrevista à imprensa. 

Com a decisão monocrática do ministro, Lula volta a ser elegível e pode disputar as Eleições de 2022. Bolsonaro foi enfático sobre a possibilidade do petista voltar a concorrer e se eleger.

"Eu acredito que o povo brasileiro não queira sequer ter um candidato desse em 2022. Muito menos, pensar na possível eleição dele. Você pode ver, a Bolsa já foi lá para baixo e o dólar lá para cima, então todos nós sofremos com uma decisão dessas", disse. 

A situação do petista, no entanto, ainda pode mudar, já que a decisão de Fachin terá de ser referendada pelos outros dez ministros do STF com o anúncio da PGR (Procuradoria Geral da República) que vai recorrer contra o ex-presidente.


Nesta segunda-feira (8), Lula teve três condenações relacionadas a Justiça Federal no Paraná no âmbito da operação Lava Jato anuladas pelo ministro do STF, Edson Fachin. São elas: triplex do Guarujá, sítio de Atibaia e doações ao Instituto Lula. 

Ele anulou as condenações por entender não ser da competência da 13ª Vara Federal de Curitiba o julgamento dos casos, já que os fatos nas ações não têm, segundo a decisão do ministro, relação direta com o esquema de desvios na Petrobras, investigados pela Lava Jato.


“Com as recentes decisões proferidas no âmbito do Supremo Tribunal Federal, não há como sustentar que apenas o caso do ora paciente deva ter a jurisdição prestada pela 13a Vara Federal de Curitiba. No contexto da macrocorrupção política, tão importante quanto ser imparcial é ser apartidário”.

Agora, as ações serão analisadas pela Justiça Federal do Distrito Federal.

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