Fiocruz: 'Brasil vive maior colapso sanitário e hospitalar da história'
Indicadores de boletim divulgado nesta terça-feira (16) apontam que a situação é extremamente crítica em todo o país
Brasil|Do R7
Em seu Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19, divulgado nesta terça-feira (16), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirma que o Brasil atravessa "o maior colapso sanitário e hospitalar de sua história". Os indicadores do boletim apontam que a situação é extremamente crítica em todo o país.
Leia também: Primeiras vacinas da Fiocruz serão entregues a partir de quarta-feira
De acordo com os dados do documento, no momento, das 27 unidades federativas, 24 estados e o Distrito Federal estão com taxas de ocupação de leitos de UTI covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) iguais ou superiores a 80%, sendo 15 com taxas iguais ou superiores a 90%. Em relação às capitais, 25 das 27 estão com taxas iguais ou superiores a 80%, sendo 19 delas superiores a 90%.
Leia também
A fim de evitar que o número de casos e mortes se alastrem ainda mais pelo país, assim como diminuir às taxas de ocupação de leitos, os pesquisadores defendem a adoção rigorosa de ações de prevenção e controle, como o maior rigor nas medidas de restrição às atividades não essenciais. Eles enfatizam também a necessidade de ampliação das medidas de distanciamento físico e social, o uso de máscaras em larga escala e a aceleração da vacinação.
Leia também: Taxa de transmissão da covid no Brasil atinge nível mais alto do ano
O município de Araraquara, em São Paulo, é apresentado no Boletim como um dos exemplos atuais de como medidas de restrição de atividades não essenciais evitam o colapso ou o prolongamento da situação crítica nos serviços e sistemas de saúde. Com as medidas adotadas pelo município, Araraquara conseguiu reduzir a transmissão de casos e óbitos, protegendo a vida e a saúde da população.
Recorde de mortes
Também nesta terça-feira (16), o Brasil registrou recorde de mortes em 24 horas: um total de 2.842. Com isso, o total de óbitos no país desde o início da pandemia no país chega a 282.128.
Em entrevista exclusiva à Record TV nesta terça-feira (16), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o indicado para substituí-lo, Marcelo Queiroga, reforçaram que haverá continuidade das políticas na gestão do ministério no enfrentamento à pandemia de covid-19. “Não podemos perder nem um minuto”, disse Pazuello sobre as ações de combate à doença.