Fiocruz quer submeter à Anvisa em 13 dias vacina de Oxford brasileira
Imunizante começará a ser feito no país pela Fiocruz a partir de matéria-prima que deve chegar ao Rio de Janeiro neste sábado
Brasil|Do R7
A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) anunciou nesta sexta-feira (5) que pretende liberar para aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no dia 18 o primeiro lote da vacina desenvolvida pela farmacêutica Astrazeneca em parceria com a Universidade de Oxford e que será produzida pela Fiocruz, no Rio de Janeiro. A fundação tem acordo com a Astrazeneca para ser a fabricante do imunizante no Brasil.
O produto é semelhante ao que já começou a ser aplicado na população em janeiro pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A diferença é que as 2 milhões de doses já disponibilizadas, após aprovação da Anvisa, foram importadas prontas.
A fabricação no Brasil deve começar nos próximas dias, segundo Mauricio Zuma, diretor de Bio-Manguinhos, fábrica da Fiocruz. Após atrasos, a matéria-prima conhecida como IFA (Insuno Farmacêutico Ativo) deverá chegar da China neste sábado (6). Na próxima semana, começam processos como o descongelamento do material, envase e rotulagem. Os primeiros lotes para validação deverão estar prontos na semana seguinte.
Essa ainda não será uma vacina 100% nacional, já que a matéria-prima é importada. Nesse sendio, a Fiocruz trabalha também para começar a produção do IFA em suas dependências em abril. A transferência de tecnologia da Astrazeneca já está em andamento. Como a produção inicial é voltada à aprovação e certificação, a expectativa é utilizar em agosto no SUS a vacina da Astrazeneca feita inteiramente no Brasil.
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Paralelamente, o Instituto Butantan já iniciou a produção da Coronavac com IFA importado da China. A Anvisa já liberou a aplicação de 4,8 milhões de doses produzidas no Brasil, além das doses importadas e fabricadas pela farmacêutica chinesa Sinovac.
Remessa menor
A matéria-prima esperada pela Fiocruz para este sábado deverá vir em quantidade menor que o esperado inicialmente. O acordo era para o envio de IFA em fevereiro que permitisse a produção de 15 milhões de doses de vacina. Segundo a Fiocruz, no entanto, houva uma mudança na programação, e a entrega será feita em três lotes. Além disso, o primeiro deles terá quantidade de matéria-prima para 2,8 milhões de doses, menos do que a capacidade esperada de 7,5 milhões.
Zuma afima que isso não afetará o cronograma da fundação, já que inicialmente são feitas as doses de validação, e que até o fim de fevereiro chegará a quantidade prevista inicialmente no acordo.
Novo complexo
Também nesta sexta, a Fiocruz lançou o edital para a construção do Cibs (Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde), que deverá ser a maior fábrica de vacinas e biofármacos da América Latina, segundo a fundação.