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Guedes cobra trégua na pandemia: 'politização é subir em cadáver'

Ministro da Economia afirmou que os dois lados precisam abaixar armas, em referência ao andamento da CPI da Covid no Senado

Brasil|Do R7

Paulo Guedes cobrou fim da politização
Paulo Guedes cobrou fim da politização Paulo Guedes cobrou fim da politização

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (28) em entrevista à Record TV Brasília que o momento da pandemia exige uma trégua. Trata-se de uma referência entre as acusações que o governo federal sofre, especialmente no âmbito da CPI da Covid, e as denúncias de desvios de recursos da União por estados e municípios.

Em tom apaziguador, o ministro pediu que os dois lados, governo e oposição, "baixem as armas" e condenou a estratégia de "subir em cadáveres para fazer política", em alusão às discussões entre governadores, prefeitos e Presidência no momento mais agudo da pandemia.

"Eu acho que os dois lados precisam baixar as armas. Estamos enfrentando uma guerra comum, que é esse vírus. A eleição é no ano que vem. Essa politização é subir em cadáver para fazer política. O povo brasileiro não vai premiar esse comportamento, vai desaprovar esse comportamento. O povo brasileiro espera de nós a cooperação, trabalho conjunto, a fraternidade, a resiliência, somos todos brasileiros. Todos nós estamos perdendo familiares, perdendo amigos", explicou.

Segundo Guedes, "não é hora de jogar pedra" e erros podem ocorrer de todos os lados. Ele citou o desmonte de hospitais de campanha criados no ano passado como exemplo. "Como que os governadores desarmaram os leitos? Desarmaram porque também pensavam que tinha ido embora. Estamos juntos nessa batalha, não é hora de jogar pedra nos outros. É hora de trabalhar juntos e sair dessa crise juntos", afirmou.

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Guedes também citou politização ao comentar suas declarações da terça-feira (27) que viraram polêmica. Em reunião do Conselho de Saúde Suplementar, o ministro falou que os chineses tinham "inventado" o vírus, mas que tinham desenvolvido vacina pior do que a americana, da Pfizer. Guedes, que já tomou a segunda dose da Coronavac, considerou o comentário infeliz.

"Somos muito gratos aos chineses. Essa politização da crise está distorcendo as coisas e tirando de contexto. O que eu disse foi: um vírus que vem de fora, quando entrou numa economia de mercado forte, que é a economia americana, foi a que menos caiu no Ocidente, era um vírus desconhecido pela população. Eu usei a imagem do “inventado”, o que foi uma imagem infeliz, mas ele tinha sido originário de uma outra região do mundo e quando ele chega num ambiente desconhecido... os americanos. Eles conseguiram, do desconhecido, produzir uma vacina que parece ainda mais eficaz".

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Empregos

O ministro comemorou a criação de 184 mil empregos com carteira assinada em março, conforme balanço divulgado nesta quarta. "Em março do ano passado, quando a pandemia chegou, nós perdemos 276 mil empregos. Foi um impacto da pandemia, na primeira onda do ano passado. Nesse ano, veio a segunda onda, muito mais forte, estamos vendo, impacto mais dramático, porém as medidas que o governo lançou atenuaram esse impacto".

Ele destacou que, dos 184 mil empregos criados, 95 mil, ou seja a metade, foi no setor de serviços, que tinha sido o mais atingido.

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Auxílio

Ao comentar o auxílio emergencial, Guedes afirmou que o governo mantém seu objetivo de criar um novo programa de renda que será o substituto do Bolsa Família. O programa foi bastante discutido no ano passado e poderá se chamar Renda Cidadã. Não foi batido o martelo sobre o formato, no entanto. 

"O auxílio vem aí por quatro meses e continuamos com o desafio de fazer o auxílio emergencial aterrissar em um Bolsa Família melhorado. Acho que, depois dos quatro meses, já entramos no Bolsa Família melhorado. Com a vacinação em massa, os informais já estarão se movimentando de novo, a preocupação do presidente sempre foi com os invisíveis", disse.

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