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Jungmann: 'Classe média clama por segurança e à noite financia o crime'

Ministro da Segurança Pública diz que fica impressionado com os pedidos de paz da classe média durante o dia e o consumo de drogas durante a noite

Brasil|Juliana Moraes, do R7

Raul Jungmann criticou a classe média durante sua posse
Raul Jungmann criticou a classe média durante sua posse

Raul Jungmann criticou a classe média durante seu discurso de posse do Ministério Extraordinário da Segurança Pública nesta terça-feira (27), no Palácio do Planalto, em Brasília. De acordo com o novo ministro, eles sofrem de uma “frouxidão de costumes e de valores”.

“A classe média sofre uma frouxidão dos costumes, de valores, passa pela ausência de capacidade de entender o que é lícito e ilícito, e passa a consumir drogas”, criticou. “Me impressiona no Rio, onde vejo as pessoas durante o dia pedirem pela segurança, contra o crime, mas que à noite financiam esse crime [organizado] pelo consumo de drogas”, criticou. “Não é possível. São pontas que, muitas vezes, se ligam e precisam de estratégias diversas para serem devidamente combatidas”, acrescentou.

Ainda durante o discurso de posse, o ministro destacou que cerca de 27% dos presos estão atrás das grades devido às drogas. "Isso atinge nossos jovens. E isso tende a aumentar".

Para assumir a pasta, Jungmann deixou o ministério da defesa. O general Joaquim Silva e Luna passa a ser o ministro interino da Defesa.


O Ministério Extraordinário da Segurança Pública foi publicado no DOU (Diário Oficial da União) desta terça (27). Com isso, o Ministério da Justiça e Segurança Pública se torna apenas Ministério da Justiça.

De acordo com a Medida Provisória 821/2018, o novo ministério tem, entre suas funções, que “coordenar e promover a integração da segurança pública em todo o território nacional em cooperação com os demais entes federativos.”


A nova pasta tira do Ministério da Justiça o comando da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Força Nacional de Segurança Pública e do Departamento Penitenciário Nacional. O Ministério Extraordinário da Segurança Pública, porém, não atuará diretamente no combate ao crime, uma vez que a atribuição cabe às polícias dos Estados.

Apenas a Força Nacional pode ajudar em situações emergenciais, desde que o pedido seja feito por algum governador. A MP foi assinada por Michel Temer nesta segunda (26).

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