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Léo Pinheiro pede prisão domiciliar após ter delação homologada no STF

Ex-presidente da OAS teve seu acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República aceito pelo ministro Edson Fachin

Brasil|Do R7

Léo Pinheiro foi preso pela 1ª vez em 2015
Léo Pinheiro foi preso pela 1ª vez em 2015

O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), homologou a delação do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, que pediu ao juiz Danilo Pereira Júnior, da 12.ª Vara Federal de Execuções Penais de Curitiba, para migrar da prisão em regime fechado para domiciliar.

Segundo os advogados de Léo Pinheiro, foram juntados aos autos decisão de Fachin que endossou seu acordo junto à PGR (Procuradoria-Geral da República).

Em carta, Léo Pinheiro diz que não sofreu coação para delatar Lula

O executivo foi preso uma primeira vez na Operação Juízo Final, deflagrada em novembro de 2015 pela Lava Jato. Ganhou prisão domiciliar, por ordem do Supremo Tribunal Federal, e voltou para o regime fechado em 5 de setembro de 2016.


Mesmo antes de firmar a delação, Léo Pinheiro já confessava crimes em ações penais da Lava Jato. Ele também teve peso decisivo nos processos em que o ex-presidente Lula foi condenado.

Léo atribuiu supostas propinas a Lula no caso triplex, em que o ex-presidente cumpre 8 anos e 10 meses de pena, e no do sítio, que está próximo de ser julgado em segunda instância, em que a juíza Gabriela Hardt impôs pena de 12 anos e 11 meses de prisão ao petista.


O acordo de delação do ex-mandatário da OAS também é pivô de uma crise que se iniciou no fim do mandato da procuradora-geral, Raquel Dodge.

Membros do grupo da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República renunciaram após a chefe do Ministério Público Federal opinar ao Supremo pelo arquivamento dos anexos da delação do ex-presidente da empreiteira, em que ele cita o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e um dos irmãos do presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli.


Os advogados de Pinheiro, Maria Francisca Accioly e Daniel Laufer, observaram ao magistrado de execuções penais de Curitiba que ‘já no dia 7 de abril de 2019 (Léo Pinheiro já havia cumprido) o total de 3 anos e 4 meses de pena em regime prisional fechado, não existindo nenhum óbice para que se determine a remoção do requerente da Superintendência de Polícia Federal e que a consequente continuidade da pena agora se dê em regime domiciliar’.

Eles indicam como endereço, a casa do empreiteiro, no bairro de Alto de Pinheiros, zona Oeste de São Paulo.

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