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Líder do PMDB, Eduardo Cunha lança candidatura à presidência da Câmara dos Deputados

Brasil|Do R7

BRASÍLIA (Reuters) - O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), lançou sua candidatura à presidência da Casa nesta terça-feira com o apoio formal do PSC e do Solidariedade, mas ainda com a resistência do PT, que mantinha até então um acordo com o PMDB pelo rodízio no comando.

Cunha vinha articulando informalmente sua candidatura nas últimas semanas com um discurso de independência em relação ao Poder Executivo e prometeu uma série de vantagens para os parlamentares, como a equiparação dos seus salários aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Além de PSC e Solidariedade, Cunha disse que a prioridade é formalizar nos próximos dias o apoio do PTB e do PR. Ele fará uma série de viagens pelo país para se reunir com deputados eleitos e que ainda não tomaram posse.

O lema do peemedebista, que é visto como desafeto no Palácio do Planalto, é "Parlamento independente, democracia forte". Cunha disse, porém, que isso não significa uma postura oposicionista.


"Câmara independente não quer dizer uma Câmara oposicionista, mas uma Câmara independente quer dizer que não é uma Câmara submissa (ao governo). Ela tem que ser um Poder independente", argumentou ele ao falar com jornalistas após se lançar candidato.

"Vamos conversar com todos", afirmou.


Questionado se tem interesse de contar com o apoio do governo para sua candidatura, Cunha afirmou que sim. "Para mim interessa o apoio dos 513 parlamentares e de todos que puderem me apoiar, inclusive o governo, não temos nada contra", acrescentou.

Como líder do PMDB, Cunha protagonizou fortes embates com o governo, articulando a bancada peemedebista e de partidos aliados contra propostas do Executivo. A batalha mais emblemática foi na votação da MP dos Portos, quando ele mediu forças com o PT e enfrentou a cúpula do PMDB para defender mudanças no texto sugerido pelo Executivo. Ele acabou derrotado naquela votação.


Mais cedo, após participar da reunião da bancada do PMDB na Câmara, o atual presidente da Casa, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), já usava um bóton com o nome do colega de partido. "Ele é meu candidato e espero que da maioria da Casa", disse Alves a jornalistas ao sair do encontro.

As articulações de Cunha contra o governo no passado ganharam mais corpo quando ele conseguiu mobilizar um grupo de deputados insatisfeitos de outros partidos aliados, que passou a ser chamado “blocão”.

A bancada informal impôs derrotas à presidente Dilma Rousseff em votações na Câmara, e o clima de animosidade dentro do PMDB chegou a ameaçar a aliança eleitoral com o PT na corrida à Presidência da República.

Apesar de ainda não ter se manifestado publicamente sobre a candidatura de Cunha à presidência, Dilma já confidenciou a auxiliares que não gostaria de ver o desafeto ganhando tanto poder e comandando a Câmara.

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(Reportagem de Jeferson Ribeiro e Maria Carolina Marcello)

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