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Ministério da Saúde pede à Anvisa liberação para autoteste de Covid

Autoteste de antígeno é o mesmo oferecido hoje nas farmácias, onde há alta demanda, devido ao aumento no número de casos

Brasil|Do R7

Busca por exames disparou diante da disseminação da variante Ômicron
Busca por exames disparou diante da disseminação da variante Ômicron

O Ministério da Saúde informou ter encaminhado nesta quinta-feira (13) à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) uma nota técnica com pedido de autorização dos autotestes para diagnóstico de Covid-19. A solicitação oficial ocorre após a busca por exames ter disparado diante da disseminação da variante Ômicron.

Em sua nota técnica, a pasta justifica a solicitação argumentando que, no contexto pandêmico atual, com a circulação de novas variantes, em especial da Ômicron, com maior potencial de transmissibilidade da doença, a procura por diagnóstico tem aumentado de forma exponencial, e há grande demanda por testes rápidos na rede assistencial de saúde. 

"A autotestagem é uma estratégia adicional para prevenir e interromper a cadeia de transmissão da Covid-19, juntamente com a vacinação, o uso de máscara e o distanciamento social. Os autotestes podem ser realizados em casa ou em qualquer lugar, são fáceis de usar e produzem resultados rápidos", conclui a nota.

Nesta quarta-feira (12), o ministro Marcelo Queiroga falou sobre a necessidade de garantir que os diagnósticos positivos da doença sejam informados às autoridades sanitárias, a fim de cumprir com a notificação compulsória.


Por determinação da Anvisa, no Brasil não é permitida a venda de exames de antígeno para serem feitos em casa. Apenas as farmácias realizam o procedimento. Com uma sensibilidade considerada alta, o exame se dá por meio da coleta de material do nariz com um cotonete ou por saliva. O autoteste, porém, tem sensibilidade menor que a de outros exames (como o PCR) e está sujeito a erro por parte do paciente não treinado.

O autoteste de antígeno é o mesmo oferecido hoje nas farmácias, que têm registrado uma demanda alta com o aumento de casos desde o fim do ano passado. Em países como os Estados Unidos e a Inglaterra, ele é vendido para que as pessoas o tenham em casa.


Na Inglaterra, por exemplo, o governo disponibiliza gratuitamente o autoteste e o envia para a casa das pessoas. Algumas escolas do país exigem que, no período das aulas, os pais façam o teste nas crianças algumas vezes durante a semana.

O ministério avalia que ter o autoteste em casa pode ajudar mais gente a testar, mas que ele não tem a mesma eficácia do diagnóstico feito por profissionais de saúde. "A mensagem é que o autoteste é uma ferramenta de apoio e não substitui o diagnóstico do profissional de saúde. A pessoa deve fazer o teste e, caso esteja com sintomas, deve ir ao posto de saúde ou hospital para se certificar do diagnóstico", afirmou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, no início desta semana.

Sem registro no sistema

A Anvisa informou que, até o momento, não registrou em seu sistema o recebimento da nota técnica do Ministério da Saúde. 

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