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"Ministra desrespeita trabalhadores brasileiros", diz procurador do MPT

Coordenador do programa erradicação de trabalho escravo criticou Luislinda

Brasil|Filipe Siqueira, do R7

Cavalcanti: comparação com trabalho escravo põe em dúvida compromisso dela
Cavalcanti: comparação com trabalho escravo põe em dúvida compromisso dela

A ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, iniciou uma intensa polêmica nesta quinta-feira (2), após pedir para acumular seu salário de desembargadora aposentada com o de ministra de Estado, que chegaria a R$ 61 mil.

O pedido causou mal-estar após ela comparar sua situação com "trabalho escravo".

Em entrevista ao R7, o chefe da Conaete (Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo) do MPT (Ministério Público do Trabalho), Tiago Muniz Cavalcanti, afirmou ser "uma comparação esdrúxula".

"Com objetivos, no mínimo, controversos, que desrespeita os trabalhadores brasileiros", completou.


Para Cavalcanti, o pedido da ministra ainda "coloca em dúvida seu compromisso com os direitos humanos".

Após a intensa polêmica de suas declarações, Luislinda desistiu do pedido de acúmulo de salários. Em nota oficial, a Secretaria de Direitos Humanos informou a desistência: "Considerando o documento sobre a situação remuneratória da ministra Luislinda Valois, o Ministério informa que já foi formulado um requerimento de desistência e arquivamento da solicitação", informou a nota.

Anteriormente, em seu pedido, ela afirma que sua situação "sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo, o que também é rejeitado, peremptoriamente, pela legislação brasileira desde os idos de 1888 com a Lei da Abolição da Escravatura”.

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