Ministro do Trabalho terá ajuda dos Estados em pente-fino em convênios da pasta
Após operação da PF, Manoel Dias suspendeu repasses de recursos dos acordos por 30 dias
Brasil|Do R7
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse, nesta terça-feira (24), que os estados vão ajudar a fazer pente-fino em convênios do Ministério. Ele participou de uma reunião com superintendentes de 26 estados e do Distrito Federal.
Na reunião, o ministro falou sobre as ações que estão acontecendo e as medidas tomadas em relação a essa questão, como, por exemplo, a suspensão dos repasses de recursos dos convênios por 30 dias.
— É na crise que a gente a cresce. É hora de ação. Em decorrência disso vamos adotar algumas medidas que são fundamentais.
Alvo de investigação da PF, secretário-executivo do Ministério do Trabalho pede demissão
Foi distribuído um material com uma lista dos convênios em execução em cada estado, com os detalhes das turmas de qualificação do Projovem Trabalhador e manual de supervisão. Além disso, também vai acontecer um levantamento da rede do Sine nos estados.
No último dia 9 de setembro, o Ministério divulgou uma nota informando que exonerou os funcionários comissionados da pasta que estão sendo investigados pela operação Esopo da PF (Polícia Federal).
Entenda
A operação Esopo foi desencadeada pela PF no dia 9 de setembro em Minas Gerais e em outros 11 Estados, além do Distrito Federal e terminou com 22 pessoas presas. A ação tinha como foco uma quadrilha acusada de fraudar processos licitatórios destinados à prestação de serviços, construção de cisternas, execução de festivais artísticos e eventos turísticos.
Ao todo foram cumpridos 101 mandados judiciais, expedidos pela Justiça Federal, sendo 25 de prisão temporária, 44 de busca e apreensão (sendo sete em Prefeituras, um em Ministério do Governo Federal e um em Instituto do Governo de Minas Gerais), 20 de sequestros de bens e 12 de condução coercitiva.
A polícia apreendeu veículos, uma aeronave, documentação envolvendo o Instituto investigado, R$ 500 mil, o equivalente a R$ 50 mil em moedas estrangeiras (dólar, euro e libra), joias, relógios importados e drogas. O dano causado pelo grupo está estimado em R$ 400 milhões.