Logo R7.com
RecordPlus
Notícias R7 – Brasil, mundo, saúde, política, empregos e mais

Moro: Dirceu vai usar tornozeleira eletrônica e entregar passaporte

Ex-ministro do governo Lula, José Dirceu foi beneficiado esta semana por um habeas corpus de ofício do ministro Dias Toffoli, na 2ª Turma do STF

Brasil|Diego Junqueira, do R7

  • Google News
Dirceu compareceu esta semana no Tribunal de Justiça do DF
Dirceu compareceu esta semana no Tribunal de Justiça do DF

Beneficiado esta semana por um habeas corpus do STF (Supremo Tribunal Federal), o ex-ministro José Dirceu está proibido de deixar Brasília (DF), onde mora, e será monitorado por tornozeleira eletrônica.

As medidas cautelares contra Dirceu, condenado a 30 anos de prisão na Lava Jato foram tomadas nesta sexta-feira (29) pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba (PR), repsonsável por condenar o ministro na primeira instância.


Moro decidiu que Dirceu deverá se deslocar até Curitiba (PR) para instalar a tornozeleira eletrônica até a próxima terça-feira (3).

O petista também não pode deixar o país, deve entregar seu passaporte e está proibido de se comunicar com outros acusados do mesmo processo.


Dirceu foi condenado acusado de gerenciar o recebimento de R$ 15 milhões em propina da empreiteira Engevix em contratos firmados com a Diretoria de Serviços da Petrobras. Sua pena foi agravada por ele ter sido condenado no processo do "mensalão".

Na terça-feira (26), por 3 votos a 1, a Segunda Turma do STF entendeu que o ex-ministro pode responder ao processo em liberdade por haver chances de sua pena ser reduzida nos tribunais superiores — o julgamento foi marcado por um embate entre os ministros Dias Toffoli e Edson Fachin.


Entenda o caso

Ministro da Casa Civil entre 2003 e 2005, durante o primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, José Dirceu foi condenado em maio de 2016, em primeira instância, a 20 anos e 10 meses de prisão, por corrupção passiva, pertinência à organização criminosa e lavagem de dinheiro por supostamente receber propina e favorecer a empreiteira Engevix em contratos com a Petrobras.


Dirceu já estava preso desde agosto de 2015, portanto antes da condenação, por decisão do juiz Sérgio Moro, que considerava haver riscos para a prática de novos crimes.

Em maio de 2017, no entanto, o STF concedeu habeas corpus ao ex-ministro por entender que a prisão era ilegal naquele momento, já que não havia elementos para uma detenção preventiva e porque o caso não tinha passado ainda pela segunda instância, condição que abre caminho para a pena ser executada de forma antecipada. Dirceu passou então a cumprir prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica e impedimento para deixar Brasília.

O julgamento na segunda instância, pela 8ª Turma do TRF4, ocorreu em setembro de 2017, quando a condenação foi mantida e ampliada para 30 anos e 9 meses de reclusão em regime fechado.

Em maio ele voltou para a cadeia após se esgotarem todos os recursos no TRF4, mas, após 40 dias preso, um novo habeas corpus o tirou da prisão novamente.

A defesa do ex-ministro ainda vai recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao Supremo.

Três imóveis de José Dirceu serão leiloados. Veja imagens

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.