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Para dar celeridade ao julgamento, senadores governistas abrem mão de questionar testemunhas da defesa de Dilma

Ainda faltam quatro testemunhas para serem ouvidas no processo

Brasil|com R7, em Brasília

Professor Luiz Gonzaga Belluzzo, à direita, é a primeira testemunha desta sexta-feira
Professor Luiz Gonzaga Belluzzo, à direita, é a primeira testemunha desta sexta-feira

Senadores da base do governo do presidente interino Michel Temer anunciaram que abrem mão nesta sexta-feira (26) de fazer perguntas às testemunhas convocadas pela defesa da presidente afastada Dilma Rousseff.

O senador Áecio Neves (PSDB-MG) e os senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) explicaram que a ideia é dar celeridade ao processo para que a presidente Dilma possa ser ouvida na segunda-feira (29) às 9h. 

Apesar de o depoimento de Dilma estar marcado, ele pode ser adiado se a fase de questionamento de testemunhas não estiver concluída. Os trabalhos estão atrasados.

Dilma se defenderá pessoalmente no Senado


A previsão era que quatro testemunhas seriam ouvidas ontem (25) e outras quatro nesta sexta. No entanto, até agora apenas duas testemunhas foram ouvidas. Faltam ainda, portanto, quatro testemunhas da defesa para serem ouvidas. Se necessário, a sessão avançará pela madrugada e pelo final de semana.

O julgamento teria oito testemunhas, duas da acusação e seis da defesa. No entanto, a defesa de Dilma dispensou duas de suas testemunhas e uma das testemunhas de acusação foi ouvida como informante ontem, atentendo a um pedido da defesa: o procurador do MP junto ao Tribunal de Contas da União Júlio Marcelo de Oliveira. 


De acordo com o ministro Ricardo Lewandowski, que preside os trabalhos, essa fase deve demorar um total de 23 horas.

O segundo dia de julgamento do impeachment de Dilma é dedicado à oitiva das testemunhas da defesa. O professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutor em economia Luiz Gonzaga Belluzzo, é o primeiro a prestar depoimento.


A sessão foi suspensa após sucessivos bate-bocas entre senadores, tumulto que envolveu até mesmo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que abandonou sua postura de isenção.

Os governistas têm pressa na conclusão do julgamento, já que Temer vai para a China na semana que vem para participar de cúpula do G20 e quer viajar já como presidente efetivo.

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