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Para Mourão, máscara para quem se vacinou é questão de foro íntimo

Vice-presidente evitou polêmica com Bolsonaro, que quer estudo para desobrigar uso da proteção a quem já se vacinou com 2 doses

Brasil|Daniel Trevor, da Record TV em Brasília, com R7


Mourão evitou entrar em polêmica com o presidente Bolsonaro
Mourão evitou entrar em polêmica com o presidente Bolsonaro

Evitando entrar em polêmica com Jair Bolsonaro, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, afirmou nesta sexta-feira (11) a jornalistas que o uso de máscara para quem já recebeu as duas doses de vacina contra a covid-19 é uma questão de foro íntimo. 

Nesta quinta (10), Bolsonaro anunciou, durante evento, que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, vai emitir parecer para desobrigar o uso de máscara por aqueles que foram vacinados ou já contaminados pela covid-19. A medida contraria protocolos médicos, que recomendam a proteção contra o risco de reinfecção e escape das vacinas que estes grupos ainda correm.

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"Única coisa que eu sei é que nos Estados Unidos, todos aqueles que receberam as duas doses de vacina tiveram o uso de máscara liberado", afirmou Mourão nesta manhã, em Brasília. "Acho que é uma questão de foro íntimo de cada um. Conheço gente que já teve duas vezes [contaminação pelo coronavírus], cada sabe onde lhe aperta os calos".

Questionado se abriria mão da proteção em público, Mourão, que já foi acometido pela covid e vacinado, respondeu que sim. "Em alguns tiraria, em outros, nem tanto. Lugar aberto, acho que se você for fazer uma corrida de máscara, sozinha, é até prejudicial. Em lugar fechado, com outras pessoas, principalmente pessoas que não conheço, usaria."

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A fala de Bolsonaro, ontem, se deu após o presidente lembrar de matérias jornalísticas que apontam de forma recorrente os momentos em que ele não usa máscara, principalmente durante visitas a municípios. "Ele [Queiroga] vai ultimar parecer visando a desobrigar o uso de máscara por parte daqueles que estejam vacinados ou que já foram contaminados para tirar essa (...) esse símbolo, que obviamente tem a sua utilidade para quem está infectado", disse.

A recomendação de especialistas, porém, é de manter o uso da máscara tanto para os já recuperados da covid como para aqueles que foram totalmente imunizados com as vacinas. Entre os motivos, está o fato de que variantes do novo coronavírus têm maior potencial de escapar de anticorpos naturais ou produzidos em resposta a vacinas.

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Além disso, nenhuma vacina tem 100% de eficácia contra a covid, o que possibilita que até os imunizados adoeçam e transmitam a doença a familiares e amigos.

Pouco depois do anúncio, Queiroga afirmou que, na verdade, o ministério ainda estuda a medida, a pedido do presidente, que está "muito satisfeito" com o ritmo de vacinação no Brasil. 

O uso de máscaras foi flexibilizado principalmente em países que têm altos indíces da população vacinada, o que não é o caso do Brasil. Nos EUA, que já desobrigou imunizados a usarem a proteção, até ontem 42% já haviam recebido as duas doses. No Brasil a taxa é de pouco mais de 11%.

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