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PDT fecha questão contra o impeachment e deve punir dissidentes

Partido é contra impeachment, qualificado como "golpe"; contudo, PDT fará oposição à Dilma

Brasil|Do R7

Ciro Gomes, possível candidato à Presidência em 2018, alertou que partido votará contra impeachment, mas fará oposição ao governo
Ciro Gomes, possível candidato à Presidência em 2018, alertou que partido votará contra impeachment, mas fará oposição ao governo

No momento em que o governo perde apoio de partidos que considerava fundamentais para barrar o impeachment, como o PP, o PDT anunciou apoio integral à presidente Dilma Rousseff na votação marcada para as 14h do próximo domingo (17).

O líder do partido, Weverton Rocha (MA), disse nesta quarta-feira (13) que o partido fechou questão contra o impeachment, o que significa que deputados dissidentes deverão ser punidos pelo diretório nacional, que se reunirá em maio.

"Não vamos sair do barco como se fôssemos ratos", disse o líder. Rocha evitou comentar a decisão de partidos da base do governo de passar a apoiar o afastamento da presidente.

A decisão sobre o voto do PDT foi tomada, segundo o líder, por ampla maioria dos participantes da reunião realizada na noite de terça-feira (12). Estavam presentes 19 dos 20 deputados pedetistas, o presidente nacional do partido, ex-ministro Carlos Lupi, e o ministro das Comunicações, André Figueiredo.


"Existem opiniões diferentes no partido, cada um tem sua tese, mas a ampla maioria acatou a decisão e vamos fechar questão. Quem faz parte da agremiação partidária e não acompanha a decisão é submetido à sanção. A bancada do PDT não apoiará o golpe e estará ao lado da democracia e da Constituição", avisou o líder.

O único deputado ausente, segundo Rocha, foi Mário Heringer (MG).


— Ele tem críticas [ao governo], mas sempre acompanhou o partido.

Leia a entrevista com Ciro Gomes: governo se fez sob farsa de marketing


Apesar do apoio, o líder criticou o governo e cobrou a abertura de amplo diálogo a partir de segunda-feira (18).

— O PDT tem muitas críticas ao governo principalmente na área econômica. Depois que passar segunda-feira, precisamos desmontar esse muro construído na frente do Congresso Nacional. É preciso que as forças políticas sentem para dialogar, porque o que está atormentando a vida do trabalhador é a falta de expectativa de dias melhores. O fantasma do desemprego e da recessão é que tem deixado todos assustados.

O líder do PDT fez referência ao muro erguido em frente ao Congresso para separar os grupos de militantes a favor e contra o impeachment que farão manifestações no dia da votação.

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