Planalto: Janot segue "marcha" para encobrir as "próprias falhas"
Governo afirma que nova denúncia contra Temer é "recheada de absurdos"
Brasil|Do R7

O Palácio do Planalto afirmou nesta quinta-feira (14) que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, "continua sua marcha irresponsável para encobrir suas próprias falhas".
A nota oficial do governo foi emitida logo após Janot apresentar a segunda denúncia contra o presidente e outros nomes ligados ao PMDB.
De acordo com o comunicado, Janot "ignora deliberadamente as graves suspeitas que fragilizam as delações sobre as quais se baseou para formular a segunda denúncia contra o presidente" e "finge não ver os problemas de falta de credibilidade de testemunhas, a ausência de nexo entre as narrativas e as incoerências produzidas pela própria investigação.
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O governo também afirma que a decisão do procurador coloca em risco a delação premiada. "Ao aceitar depoimentos falsos e mentirosos, instituiu a delação fraudada. Nela, o crime compensa", destaca a nota.
A avaliação do Planalto é de que a segunda denúncia é "recheada de absurdos". "O presidente tem certeza de que, ao final de todo esse processo, prevalecerá a verdade e, não mais, versões, fantasias e ilações", conclui o texto.
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Confira a íntegra da nota:
"O procurador-geral da República continua sua marcha irresponsável para encobrir suas próprias falhas. Ignora deliberadamente as graves suspeitas que fragilizam as delações sobre as quais se baseou para formular a segunda denúncia contra o presidente da República, Michel Temer. Finge não ver os problemas de falta de credibilidade de testemunhas, a ausência de nexo entre as narrativas e as incoerências produzidas pela própria investigação, apressada e açodada.
Ao fazer esse movimento, tenta criar fatos para encobrir a necessidade urgente de investigação sobre pessoas que integraram sua equipe e em relação às quais há indícios consistentes de terem direcionado delações e, portanto, as investigações. Ao não cumprir com obrigações mínimas de cuidado e zelo em seu trabalho, por incompetência ou incúria, coloca em risco o instituto da delação premiada. Ao aceitar depoimentos falsos e mentirosos, instituiu a delação fraudada. Nela, o crime compensa. Embustes, ardis e falcatruas passaram a ser a regra para que se roube a tranquilidade institucional do país.
A segunda denúncia é recheada de absurdos. Fala de pagamentos em contas no exterior ao presidente sem demonstrar a existência de conta do presidente em outro país. Transforma contribuição lícita de campanha em ilícita, mistura fatos e confunde para tentar ganhar ares de verdade. É realismo fantástico em estado puro.
O presidente tem certeza de que, ao final de todo esse processo, prevalecerá a verdade e, não mais, versões, fantasias e ilações. O governo poderá então se dedicar ainda mais a enfrentar os problemas reais do Brasil.
Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República"
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou nesta quinta-feira (14) uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), ao STF (Supremo Tribunal Federal), sob acusação de organização criminosa e obstrução de justiça. Além do peem...
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou nesta quinta-feira (14) uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), ao STF (Supremo Tribunal Federal), sob acusação de organização criminosa e obstrução de justiça. Além do peemedebista, outras oito pessoas também são alvo da acusação. Na denúncia desta quinta, todos os nove são acusados de organização criminosa. No entanto, apenas três deles são suspeitos de obstrução de justiça: Temer, Joesley e Ricardo. Confira na galeria quem é quem na nova denúncia!





![Henrique Alves (PMDB-RN):
Ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara dos Deputados, está preso em Natal (RN). Diálogos entre Henrique Alves e Eduardo Cunha apontam que o grupo "tinha ingerência também sobre o INSS". Segundo a acusação, "Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, confirmam as afirmações
do executivo da Odebrecht Márcio Faria da Silva quanto
aos pagamentos de propina no exterior no montante de US$ 20,8
milhões, destinados a políticos do 'PMDB da Câmara dos Deputados' [Michel Temer, Eduardo Cunha e Henrique Alves],
nos anos de 2010, 2011 e 2012](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/6SPV56YALZP77PBODFPDUFP6YE.jpg?auth=8c708989b0416b8c623ab512384e78c1b9b703e44c53d15628b68ebc2ee6e5b1&width=780&height=390)



















