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Procuradoria arquiva inquérito de racismo contra Weintraub

Caso envolveu post em que ex-ministro fez referência a chineses em comparação com forma de falar do personagem Cebolinha

Brasil|

O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub
O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub

O MPF (Ministério Público Federal) decidiu arquivar o inquérito aberto para apurar se o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, cometeu crime de racismo contra os chineses ao insinuar que o país poderia se beneficiar da crise sanitária causada pela pandemia do novo coronavírus.

A decisão foi tomada na esteira do relatório de investigação da Polícia Federal, que concluiu as apurações no fim do ano e decidiu não indiciar o ex-ministro pelo crime. Com base no documento, a Procuradoria da República no Distrito Federal encerrou o caso.

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Na avaliação da procuradora Melina Flores, que assinou o arquivamento, a manifestação de Weintraub 'não está claramente voltada a incitar preconceito'. "Essa postagem, por si só, não trouxe uma demonstração clara do ânimo racista e da iminência do risco social de racismo que a opinião deveria gerar", escreveu.

O inquérito em questão foi aberto em abril, a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), depois que o então ministro fez uma publicação no Twitter dando a entender que a China sairia 'fortalecida' da pandemia, apoiada por seus 'aliados no Brasil'. Weintraub chegou a usar a forma de falar do personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, trocando o 'r' pelo 'l', em uma sátira ao sotaque de chineses que falam português.

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"Geopoliticamente, quem podeLá saiL foLtalecido, em teLmos Lelativos, dessa cLise mundial? PodeLia seL o Cebolinha? Quem são os aliados no BLasil do plano infalível do Cebolinha paLa dominaL o mundo? SeLia o Cascão ou há mais amiguinhos?", escreveu na postagem, acompanhada de uma imagem dos personagens de Maurício de Souza ambientados na Muralha da China.

Na ocasião, a Embaixada da China no Brasil divulgou uma nota chamando Weintraub de racista e o então ministro apagou a publicação.

Depois que Weintraub deixou o governo federal, a investigação, que até então corria no Supremo Tribunal Federal, foi enviada para primeira instância.

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