"Reforma política é como seleção de futebol: cada um tem a sua", diz Cunha sobre modelo para o País
Presidente da Câmara reafirmou intenção de criar um novo modelo político para o Brasil
Brasil|Alexandre Saconi, do R7, enviado a Comandatuba*
O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, tocou em um ponto crítico de sua gestão na Casa ao esboçar os caminhos para a reforma política.
— Reforma política é como seleção de futebol: cada um tem a sua.
Cunha apontou os diferentes modelos para um novo sistema político. Entre os principais itens, destacou o qual seria o melhor sistema de doações: misto, público ou privado. Em seguida, ainda citou que é preciso planejar quais cargos seriam eleitos simultaneamente a outros.
O parlamentar participa neste domingo (19) 14º Fórum de Comandatuba, promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais).
O deputado ainda assumiu que o documento que antevê a reforma política criado neste ano na Câmara não é o ideal, mas é um que precisava ser feito para começar o debate. Ainda criticou a possível pressa da presidente Dilma em falar sobre a reforma no mesmo dia da eleição.
— Falar em plebiscito para reforma política logo após eleição foi um erro de Dilma.
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O presidente da Câmara ainda aproveitou para criticar a presidente Dilma, com quem tem um relação estremecida. Ao se posicionar sobre independência e harmonia dos poderes, como previsto na Constituição, Cunha atacou.
— Nunca houve presidencialismo de coalizão na gestão do Partido dos Trabalhadores.
Pouco antes, em outra fala, o ex-presidente FHC havia feito referência negativa à gestão política do PT no governo federal.
— Esse modelo [político] deixou de ser de coalizão, e passou a ser de cooptação. O governo coopta.
Medidas econômicas
O vice-presidente do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), representou o presidente da Casa, Renan Calheiros, que não pode comparecer ao fórum por problemas de saúde. No momento, Jucá abordou a economia brasileira, e comentou as medidas do ministro Joaquim Levy (Fazenda).
— O ajuste fiscal não é suficiente para ajudar o Brasil
Jucá ainda criticou a forma como vê o futuro do Brasil.
— Não temos que criar programas sociais que nivelem por baixo. [...] O brasileiro pobre quer virar consumidor. Somos um País capitalista. Outro pensamento não cabe nesse País.
* O jornalista viajou a convite do Lide (Grupo de Líderes Empresariais)