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Renan critica advogado da Precisa na CPI: 'silêncio incriminador'

Túlio Silveira se recusou a responder perguntas na sessão desta quarta e afirmou estar amparado por prerrogativas da advocacia

Brasil|Do R7

À mesa, advogado da Precisa Medicamentos, Túlio Silveira
À mesa, advogado da Precisa Medicamentos, Túlio Silveira

O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), criticou nesta quarta-feira (18) a decisão do advogado Túlio Silveira de ficar em silêncio em seu depoimento à comissão e afirmou que ele está se "incriminando".

Após uma fala inicial e respostas a algumas perguntas sobre seu escritório de advocacia e a relação com a Precisa, o advogado se negou a responder questões sobre a negociação da Precisa com o Ministério da Saúde para a venda da vacina Covaxin - a mais cara entre as negociadas pelo governo e alvo de investigação de diversos órgãos. 

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Ele justifica a decisão apontando para prerrogativas da advocacia, como o sigilo profissional em relação aos clientes. Ampara-se ainda em decisão obtida no STF (Supremo Tribunal Federal) e que o permite ficar em silêncio em questões que possam incriminá-lo.

O advogado se negou a responder também questões que estariam ligadas a outros temas, como postagens de apoio ao presidente Jair Bolsonaro e ao tratamento precoce, causando a revolta de senadores, especialmente do relator da comissão.


"O silêncio é um silêncio incriminador. Em tendo oportunidade, ele não respondeu nenhuma das perguntas que não tinham nada a ver com a negociação da Covaxin nem com a Precisa", disse. "Evidente que essas postagens não têm nada a ver com a questão da Precisa nem com o papel que Vossa Senhoria exerce perante a empresa. Trata-se de postagem pessoal criminosamente em defesa do tratamento precoce e contra as vacinas", completou Renan.

A crítica foi reforçada por outros senadores. Eliziane Gama (Cidadania-MA) afirmou que ele não poderia "abusar" do direito ao silêncio. E o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), suspendeu a sessão após uma das negativas de Silveira.

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