Abrasel e Sindhobar se posicionam contra passaporte da vacina no DF
Após cem bares fazerem abaixo-assinado a favor a cobrança, entidades do setor defendem que a medida não é efetiva
Brasília|Priscila Mendes, do R7, em Brasília
A Abrasel-DF (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Distrito Federal) e o Sindhobar (Sindicato Patronal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília) se posicionaram, nesta terça-feira (1º), contra a exigência de comprovante de vacinação contra a Covid-19 na entrada dos estabelecimentos da capital.
A manifestação veio após cem bares e restaurantes, como Beirute, Pinella, Fora do Eixo, Mimo Bar, Outro Calaf, Grupo R2, dentre outros, integrarem um abaixo-assinado a favor da medida. O documento será encaminhado ao governador Ibaneis Rocha (MDB). O passaporte da vacina já era cobrado em shows, festivais e competições esportivas que, atualmente, estão suspensas.
Em nota, a Abrasel-DF e o Sindhobar afirmam que a exigência do passaporte da vacina não é uma medida efetiva e "dá uma falsa segurança de quem tomou a vacina não pode transmitir a doença".
“O fato de as pessoas terem tomado as duas doses só minimiza os sintomas e evita as complicações da doença. O importante é seguir os protocolos de segurança, como o uso de máscara e distanciamento”, ressalta Beto Pinheiro, presidente da Abrasel-DF.
Outra preocupação do setor é a questão de transferir a responsabilidade de fiscalização na entrada dos estabelecimentos para os empresários. "Como proceder no caso de um cliente se recusar a apresentar o passaporte? Se tiver tumulto, acionamos a polícia? Estamos certos de que as medidas de segurança adotadas em nossos estabelecimentos é o que tem se mostrado mais efetivo ao enfrentamento da Covid-19 e não podemos afrouxar nesses protocolos", defende o presidente do Sindhobar, Jael Silva.
A nota ainda reafirma o compromisso das entidades na luta em prol da recuperação de bares e restaurantes por meio de uma agenda permanente de trabalho junto ao governo do DF, poder Legislativo e pleitos de interesse do setor.
"A preocupação com a saúde e a vida das pessoas continua sendo prioridade das entidades, que defendem com veemência a adoção e cumprimento de todos os protocolos de segurança exigidos por lei", diz trecho do comunicado.