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R7 Brasília

Adiamento é a decisão mais segura para todos os candidatos, diz ministra

‘Enem dos Concursos’ ainda não tem nova data para ocorrer; mudança considerou calamidade no RS

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Nova data de aplicação ainda não foi definida Divulgação/Agência Brasil - Arquivo

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, declarou nesta sexta-feira (3) que a decisão de adiar o CNU (Concurso Nacional Unificado), conhecido como “Enem dos Concursos”, é a “solução mais segura para todos os candidatos”. “Construímos um acordo para preservar a integridade do concurso para todos os candidatos. [O adiamento] é a solução mais segura para todos os candidatos. Vamos garantir aos 2,144 milhões de inscritos que todo mundo vai realizar as provas nas mesmas condições”, afirmou.

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A ministra concedeu um pronunciamento no Palácio do Planalto, ao lado do ministro da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência), Paulo Pimenta, e de representantes da Fundação Cesgranrio, banca organizadora do CNU e da DPU (Defensoria Pública da União). A decisão de adiar foi tomada em conjunto com AGU (Advocacia-Geral da União), (DPU) e Procuradoria-Geral do Rio Grande do Sul.

O adiamento do concurso, que ocorreria no próximo domingo (5), foi anunciado pelo governo federal nesta sexta (3). Na noite dessa quinta (2), porém, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos emitiu nota em que garantiu a aplicação das provas em todo o país. O Executivo optou por mudar a data das provas em todo o país, e não apenas no RS, para evitar possível judicializações a respeito de aplicações diferentes.

A decisão de adiar foi tomada devido às chuvas e enchentes que atingem o Rio Grande do Sul desde o início desta semana. Ao menos 37 pessoas morreram, 74 estão desaparecidas e outras 23 mil estão desabrigadas no estado. Só no RS, aproximadamente 100mil pessoas estão envolvidas com a realização do CNU — 20 mil ligados à logística e aplicação e 80 mil candidatos.


A nova data de aplicação das provas do concurso ainda não foi definida, mas a ministra Esther calcula que o novo dia seja divulgado nas próximas semanas. “Não temos uma nova data. Nas próximas semanas, poderemos divulgar uma nova data, mas, neste momento, as condições não nos permitem dar uma nova data com segurança”, destacou, ao afirmar que “seria impossível” a realização do concurso no Rio Grande do Sul. A intenção do governo é usar as mesmas provas que seriam aplicadas no domingo (5).

Segundo a titular da pasta, cerca de 65% das provas já estavam distribuídas aos locais de aplicação. “As provas já estavam nas capitais, em processo, desde quinta-feira (2), de interiorização. No Rio Grande do Sul, não é possível essa interiorização. As provas já tinham chegado a 65% dos locais, entregues pelos Correios, com escoltas da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e da Força Nacional, garantindo a integridade”, explicou.


A expectativa do Executivo é reunir as provas onde a segurança seja permanente. Os cadernos já estão sendo levados para Brasília, onde deve permanecer até a nova data.

“Nossa ideia é recentralizar essas provas. Ainda não decidimos como. Estamos em conversa com Cesgranrio, Correios e forças de segurança. Queremos aplicar [em nova data] essas mesmas provas. Vamos então centralizá-las em local seguro, porque as escoltas são esporádicas nas cidades. Vamos voltar para locais certificados pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência), como é feito no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio)”, completou Esther.


O adiamento do CNU foi oficializado por meio de um termo de compromisso, assinado nesta sexta (3) entre o ministério, a DPU e o Rio Grande do Sul. No documento, DPU e RS se comprometem a “não adotar medidas administrativas ou judiciais visando oposição ao adiamento das provas”.

A prova

O “Enem dos Concursos” seria aplicado em 228 municípios e recebeu 2,14 milhões de inscrições. A prova estava prevista para ser aplicada em 3.665 locais de todos os estados do país. São oferecidas 6.640 vagas para 21 órgãos da administração pública federal. O exame seria realizado em dois períodos, de manhã e à tarde, com questões objetivas específicas e dissertativas, por área de atuação.

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