Advogado de Bolsonaro quer justificar pessoalmente a Moraes hospedagem em embaixada
Ex-presidente ficou dois dias na Embaixada da Hungria após ter passaporte confiscado pela Polícia Federal, em fevereiro
Brasília|Bruna Lima e Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
Advogado de Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten articula um encontro presencial com o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes para apresentar uma justificativa da hospedagem do ex-presidente na Embaixada da Hungria entre 12 e 14 de fevereiro deste ano. A estada aconteceu quatro dias após Bolsonaro ter o passaporte retido pela Polícia Federal. Caso fosse alvo de um mandado de prisão à época, o ex-chefe do Executivo não poderia ser preso em uma embaixada, já que o local é considerado um espaço estrangeiro no país.
A tentativa de prestar esclarecimentos pessoalmente foi confirmada pelo próprio Wajngarten ao R7. O objetivo do advogado é conseguir sanar qualquer dúvida sobre o ocorrido. A reportagem apurou que Moraes não recebeu um pedido de audiência com Wajngarten.
O prazo dado pelo ministro para que Bolsonaro explique a ida à embaixada termina nesta quarta-feira (27), e a petição pode ser protocolada no sistema do STF, sem a necessidade de encontro presencial.
A defesa do ex-presidente sustenta que Bolsonaro ficou hospedado no local a convite para manter contatos com autoridades do país europeu e para atualizar os cenários políticos das duas nações.
"O ex-presidente da República Jair Bolsonaro passou dois dias hospedado na embaixada da Hungria em Brasília para manter contatos com autoridades do país amigo. Como é do conhecimento público, o ex-mandatário do país mantém um bom relacionamento com o premier húngaro, com quem se encontrou recentemente na posse do presidente Javier Milei, em Buenos Aires", disse a defesa, em nota enviada à imprensa na segunda-feira (25).