Advogado de ex-assessor de Bolsonaro diz que Moraes tenta ‘calar’ defesa após afastamento
Agora a defesa de Filipe Martins está a cargo da Defensoria Pública da União
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O advogado Jeffrey Chiquini, que defendia Filipe Martins, réu por tentativa de golpe de Estado, afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), tentou o “calar” ao determinar o afastamento dele do processo.
Em nota à imprensa, o advogado declarou que a medida “demonstra medo da ampla defesa” e relatou que já havia sido silenciado pelo ministro em audiência anterior.
“Não é a primeira vez que tenta me calar. Em uma audiência anterior, o próprio ministro chegou a silenciar o meu microfone, como se pudesse desligar também a verdade que incomoda. Tenho sido um combatente incansável, nas redes, na imprensa e nos tribunais, denunciando abusos e defendendo a Constituição e meu cliente”, afirmou.
A determinação, segundo o magistrado, ocorreu porque o advogado não apresentou as alegações finais dentro do prazo estabelecido, que terminou na terça-feira (7).
No despacho, Moraes afirmou que o comportamento das defesas foi “absolutamente inusitado”, caracterizando “litigância de má-fé” e uma “manobra procrastinatória” para atrasar o processo.
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Com isso, o ministro determinou que a DPU (Defensoria Pública da União) passe a representar os réus na ação.
O que diz Chiquini
De acordo com Chiquini, as alegações finais da defesa já estavam prontas, somando mais de 350 páginas. O documento, segundo ele, rebate ponto a ponto as supostas ilegalidades e abusos cometidos contra Filipe Martins durante o processo.
O advogado considera o afastamento um “grave atentado contra o exercício da advocacia e contra as garantias fundamentais de todo cidadão brasileiro”. Ele afirmou que pretende recorrer da decisão e levar o caso a organismos internacionais de proteção aos direitos humanos.
“A defesa adotará todas as medidas cabíveis para restabelecer a legalidade e denunciar a gravidade deste atentado”, disse o advogado, reforçando que continuará atuando “em defesa do Estado de Direito e da Constituição”.
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