Ala política do STF prefere Rodrigo Pacheco, mas senador não é unanimidade entre ministros
Para alguns, Jorge Messias, advogado-geral da União, seria uma opção melhor para ocupar a vaga
Brasília|Do Estadão Conteúdo
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Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) com maior interlocução política preferem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolha o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a cadeira deixada por Luís Roberto Barroso.
Mas o parlamentar não é unanimidade na Corte: outros ministros apostam que o advogado-geral da União, Jorge Messias, seria uma opção melhor para ocupar a vaga.
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A bancada no STF que apoia Pacheco na disputa inclui os principais interlocutores de Lula na Corte: Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Cármen Lúcia, que é próxima do senador, completaria o time.
Na terça-feira (14), Lula recebeu no Palácio da Alvorada Mendes, Dino e Zanin, além do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que integrou o STF.
Os ministros se limitaram a dizer que querem alguém forte para a vaga, sem sugerir objetivamente um nome.
Isso indica dois pontos importantes. O primeiro é que Lula, por deferência ao Judiciário, quer conversar sobre a vaga com ministros do STF.
O segundo é que o presidente vai tomar a decisão que considerar mais conveniente, ainda que não seja para aderir à preferência dos integrantes da Corte.
Afinal, segundo a Constituição, indicar um ministro do STF é uma escolha exclusiva do presidente.
Apesar do forte apoio a Pacheco, nem todo ministro do Supremo tem essa preferência. Messias é evangélico. Espera-se dele, portanto, uma posição conservadora em votações sobre temas de costumes — o processo do aborto, por exemplo.
Nesse aspecto, tem mais afinidade com outra ala do tribunal, que inclui André Mendonça, Kássio Nunes Marques e Luiz Fux.
Também na terça-feira, Barroso recebeu os cumprimentos de autoridades e amigos em uma festa de despedida.
Entre os presentes, estavam Nunes Marques e Fux, além de ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Segundo alguns dos presentes, a vaga aberta no Supremo não foi debatida. Os convidados contaram que as conversas giraram em torno de “amenidades”.
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