Alckmin fala em dobrar capacidade de produção de gás natural e cita três possíveis explorações em 2024
De acordo com o presidente em exercício, Rio de Janeiro e Sergipe podem ser beneficiados com novos pontos de extração
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (4) que o Brasil pode dobrar a produção de gás natural em 2024. Ele citou três exemplos de explorações que vão ocorrer, no Rio de Janeiro e em Sergipe, a partir do próximo ano. A estimativa é de um aumento de quase 50 milhões de m³ do produto.
"O Brasil, hoje, tem 50 milhões de m³ de produção nacional. Nós importamos o gás natural, seja da Bolívia. E vai entrar no ano que vem uma boa notícia: mais 15 milhões de m³, no Rio de Janeiro, em Itaboraí, que é a 'rota 3'. Pouquinho mais para a frente, de 15 a 18 milhões de m³, Equinor [empresa norueguesa], e ainda mais para a frente, 15 milhões, em Sergipe", disse Alckmin.
"Então podemos dobrar a nossa capacidade de produção de gás natural. E estamos trabalhando no gás para indústria e com custo menor para setores estratégicos da indústria brasileira", completou. As declarações foram dadas durante encontro anual da indústria química, em São Paulo.
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Em seu discurso, Alckmin reconheceu que há problemas no custo de energia e de gás natural no país. "A Petrobras: R$ 1 do BTU [British Thermal Unit, medida usada como referência do teor calorífico do gás] é US$ 12. Nos Estados Unidos, é US$ 4,5. Claro que lá explodem rocha em terra. E nós vamos a 300 km de distância e 5.000 m de profundidade, no pré-sal, para poder extrair petróleo e gás. Mas estamos trabalhando", contou.
Alckmin assumiu a Presidência da República em função da última viagem internacional de Luiz Inácio Lula da Silva. O petista fez um giro no Oriente Médio, cujo evento principal foi a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28). No momento, Lula está na Alemanha, onde trabalha para aparar arestas em torno do acordo comercial do Mercosul com a União Europeia, entre outros temas.
Durante o evento com representantes do setor industrial brasileiro, Alckmin voltou a defender a reforma tributária, cujo tema já foi aprovado pelo Senado Federal e está sendo avaliado pela Câmara dos Deputados.
"Simplifica cinco impostos sobre consumo, que vira o IVA dual. Desonera completamente investimento e desonera completamente exportação, porque acaba com a cumulatividade e tira os instrumentos fundamentais da guerra fiscal, que é a passagem da origem para o destino. A locação de investimento se fará de maneira mais eficiente e não por artifício tributário. É uma reforma que pode fazer, em 15 anos, o PIB brasileiro crescer 12%. Traz eficiência econômica e ajuda enormemente na economia."