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Alcolumbre fala em pauta de sabatinas, mas não cita Mendonça

'Por que ninguém pergunta do CNMP? Só André Mendonça?', questionou ao ser indagado sobre sabatina do indicado ao STF

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Presidente da CCJ, Alcolumbre mantém posição de não pautar sabatina de indicado ao STF
Presidente da CCJ, Alcolumbre mantém posição de não pautar sabatina de indicado ao STF Presidente da CCJ, Alcolumbre mantém posição de não pautar sabatina de indicado ao STF

O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), continua sem pautar a sabatina de André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro ao STF (Supremo Tribunal Federal). A postura do senador também está barrando indicação de integrantes de outros órgãos, como o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). Diante do cenário, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), confirmou que entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro haverá um esforço concentrado para votar a indicação de nomes de autoridades.

Alcolumbre confirmou nesta quarta-feira (10) o esforço concentrado, mas, ao ser questionado sobre a sabatina de Mendonça, reclamou: "Pergunta do CNMP. Por que só perguntam do Supremo? O Supremo não tem mandato, e ninguém está atentando para isso. Supremo tem vitaliciedade. CNJ (Conselho Nacional de Justiça), CNMP, ninguém pergunta. Falaram que o CNJ e o CNMP não estão funcionando porque não se faz a sabatina. Vamos priorizar eles", afirmou.

Indagado, então, sobre o que será priorizado, o senador disse que o calendário vai ser decidido com os integrantes da comissão. "Pelo ato da comissão diretora, tenho que publicar a pauta 48 horas antes da reunião. A reunião é entre 29 e 2 de dezembro. Hoje é dia 10 [de novembro]. Então, pelo ato, a presidência da comissão ainda tem 19 dias para decidir a pauta", afirmou, rindo em seguida.

A CCJ se reuniu pela segunda vez nesta quarta-feira após mais de 40 dias sem sessão. No início do encontro, Alcolumbre anunciou a retomada da agenda e atribuiu a paralisação das reuniões ao fato de que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19 estava funcionando no plenário da CCJ. "Se eu viesse para cá, iam dizer que eu estava tentando obstruir a CPI. Como não fiz, sou acusado de não colocar a comissão para funcionar", destacou.

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O senador Esperidião Amin (PP-SC), então, rebateu dizendo que "o espaço é grande". "A Comissão de Constituição e Justiça e a CPI tinham várias salas para escolher se quisessem funcionar. A Comissão de Constituição e Justiça tinha que funcionar. Ela não tinha motivos para não funcionar. Todas as outras comissões funcionaram, às vezes no mesmo plenário, pois havia hora para começar e para terminar", reclamou.

Amin ainda cobrou de Alcolumbre a sabatina de Mendonça, ressaltando a existência de um requerimento que pede a inclusão na pauta da CCJ. "Ou nós vamos ignorar que 17 membros efetivos e 16 suplentes pediram urgência?", questionou. O senador ainda disse que Alcolumbre está descumprindo o regimento de maneira continuada.

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Sobre a cobrança dos senadores, Alcolumbre disse à reportagem: "Tudo certo. A cobrança é em todos os aspectos". Ele ressaltou que a pauta será publicada no dia 28 e, à pergunta se o nome de Mendonça vai estar no documento, respondeu: "Vai ter a publicação da pauta. Você vai saber junto com todo mundo".

Demora

Mendonça foi indicado ao STF pelo presidente Jair Bolsonaro em julho, mas a indicação precisa ser aprovada na CCJ do Senado e, em seguida, no plenário da Casa. A sabatina do procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, para a recondução ao cargo, foi feita em agosto, um mês depois de ele ter sido indicado por Bolsonaro. A de Mendonça, entretanto, continua parada por resistência de Alcolumbre, a quem cabe pautar a matéria na comissão.

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