Brasília Anderson Torres deixa PF após mais de duas horas de depoimento sobre suposta interferência na PRF

Anderson Torres deixa PF após mais de duas horas de depoimento sobre suposta interferência na PRF

Ex-ministro chegou à sede da PF por volta das 13h30, mas, segundo o R7 apurou, o depoimento começou por volta das 14h30

  • Brasília | Gabriela Coelho e Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Anderson Torres deixa a PF em viatura da PMDF

Anderson Torres deixa a PF em viatura da PMDF

Gabriela Coelho/R7

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro (PL) Anderson Torres deixou a Polícia Federal após depor sobre a suposta interferência na Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições de 2022.

O ex-ministro chegou à sede da PF por volta das 13h30, mas, segundo o R7 apurou, o depoimento começou por volta das 14h30.

Compartilhe esta notícia no WhatsApp
Compartilhe esta notícia no Telegram

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, foi quem determinou a oitiva. Segundo fontes da PF ouvidas pela reportagem, o ex-ministro se dispôs a falar mais nesse depoimento.

O depoimento faz parte de um inquérito sobre uma viagem do ex-ministro às vésperas do segundo turno das eleições de 2022, que teria sido realizada a fim de pedir o "apoio" da PF e da PRF para interferir no fluxo de eleitores.

A ação do então ministro da Justiça do governo Bolsonaro teria o objetivo de atrasar eleitores da Bahia no dia da votação. O pedido à PRF teria sido feito depois da produção de um relatório que detalhava os locais onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve mais votos no primeiro turno.

Em nota, a defesa de Torres disse que o ex-ministro abriu mão de seu direito constitucional ao silêncio e respondeu todos os questionamentos formulados. Ainda de acordo com a defesa, Torres "mantém a postura de cooperar com as investigações, uma vez que é o principal interessado no rápido esclarecimento dos fatos e acredita que a verdade prevalecerá."

O depoimento estava marcado para a semana passada, mas a corporação o adiou após um pedido da defesa de Torres, que alegou "estado de saúde delicado".

Na terça-feira (2), o Supremo recebeu um laudo, elaborado pela Gerência de Serviços de Atenção Primária Prisional da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em que é afirmado que o ex-ministro está em "bom estado geral, consciente, atento e colaborativo".

Últimas