CPI dos atos extremistas tenta depoimento de Anderson Torres para 23 de março
Defesa não confirma o comparecimento; na quinta-feira (16), em vez do ex-secretário, distritais querem ouvir coronel da PM
Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília
Deputados distritais remarcaram depoimento do ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres para 23 de março. Essa é a terceira data agendada para Torres na comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do DF (CLDF) que investiga os atos extremistas de 8 de janeiro em Brasília. A defesa dele não confirma o comparecimento.
Parlamentares pretendiam ouvi-lo nesta quinta-feira (16), mas ele prestará depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), às 10h. Os distritais trabalham para ouvir, em vez do ex-secretário, o coronel da Polícia Militar Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-comandante de Operações da corporação.
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Naime foi preso em 7 de fevereiro, na quinta fase da Operação Lesa-Pátria, da Polícia Federal. Anderson Torres era secretário de Segurança Pública do DF durante os atos de 8 de janeiro e está preso desde 14 de janeiro por suspeita de omissão nos atos.
Os parlamentares tinham marcado o depoimento de Torres para a última quinta-feira (9) e aguardavam uma decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes sobre sua ida à CLDF. O ministro, porém, deu a ele o direito de escolher comparecer, e o advogado, Rodrigo Roca, informou que o cliente não iria.
Já durante a sessão de 9 de março, os distritais aprovaram um requerimento para que o ex-secretário fosse ouvido em uma sala reservada, uma tentativa de convencê-lo a comparecer. De acordo com o presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT), a preocupação de Torres seria com a exposição da própria imagem.
Agora, a expectativa do parlamentar é que o ex-secretário compareça em 23 de março. Ao R7, porém, Roca disse que o depoimento dele à CPI não está confirmado.