RECORD Talks: assista à íntegra do evento pré-COP30 sobre meio ambiente e sustentabilidade
RECORD Brasília promoveu encontro que antecipa discussões da Conferência das Nações Unidas em Belém
Brasília|Do R7, em Brasília
Em novembro, Belém sediará a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) . Antes disso, a RECORD Brasília promoveu o RECORD Talks, um evento voltado ao debate sobre desafios ambientais e turismo sustentável.
A iniciativa reuniu especialistas, lideranças e estudantes no IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), em Brasília, para discutir como essas questões se conectam ao desenvolvimento econômico e social.
O evento contou com painéis com representantes do setor público, privado e da sociedade civil, para discutir os desafios e as oportunidades relacionados às mudanças climáticas, com destaque para o turismo sustentável e as práticas ESG (Ambiental, Social e Governança).
ESG é a sigla em inglês para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança). De forma geral, o conceito avalia como um negócio busca:
- Minimizar seus impactos ambientais,
- Promover uma atuação social justa e responsável,
- Adotar boas práticas de governança corporativa.
Abertura
Durante a abertura, o presidente da RECORD, Luiz Cláudio Costa, destacou que a COP30 vai além de um debate restrito à ecologia ou à preservação da natureza e representa uma oportunidade para o Brasil se reafirmar como protagonista ambiental no mundo.
“O Brasil sempre foi protagonista, tem uma das maiores reservas naturais desse planeta. Ao mesmo tempo que isso é um privilégio, também é uma responsabilidade sobre nós. Temos que saber preservar, mas também saber viver desses recursos naturais. Essa é a grande equação, grande desafio e o que vai ser tratado aqui”, afirmou.

Na sequência, o ministro Luiz Roberto Barroso disse que a atuação do Judiciário em questões climáticas é justificada por três razões centrais: a defesa de direitos humanos, a omissão política e a proteção de minorias.
Segundo o ministro, diante do negacionismo e da inércia dos poderes políticos em enfrentar a crise climática, cabe ao Judiciário agir para garantir a efetividade das políticas ambientais.
Barroso também ressaltou que a proteção de minorias é uma função essencial da Justiça. “A questão climática atinge principalmente grupos sem representação política, como crianças, futuras gerações e pessoas que ainda não nasceram.”

A mediação foi conduzida pela apresentadora Tainá Farfan, com transmissão pelo R7.
Painel 1 – ESG e Sustentabilidade
O primeiro painel teve como tema central o debate sobre esforços do governo, sociedade e setor empresarial para transformar ideias sustentáveis e ambientais em realidade. A conversa contou com o apresentador da RECORD Clébio Cavagnolle como mediador e o debate foi conduzido pela diretora de Programa da COP30, Alice de Moraes e pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira.

Vieira ressaltou a constante transformação da sociedade e a necessidade da mentalidade dos diferentes atores sociais, públicos e privados, acompanharem o processo. “Não existe incoerência entre o desenvolvimento tecnológico, o uso aplicado da tecnologia, e sustentabilidade meio ambiente”, apontou.
Na fala, Alice de Moraes, destacou que, apesar do cenário global de crise, o Brasil tem condições privilegiadas de transformar os desafios climáticos em oportunidades econômicas. Ela citou o potencial em áreas como agricultura de precisão de baixo carbono, restauração florestal, uso sustentável dos recursos naturais e planejamento urbano mais integrado.
Para a diretora, o enfrentamento ocorre nas ações e decisões cotidianas. “A questão climática precisa estar presente em ações do dia-a-dia e influenciar todas as decisões, públicas ou privadas, que tomamos ou deixamos de tomar”, completou.
Painel 2 – Turismo Verde
O segundo painel foi conduzido pelo diretor de jornalismo da RECORD Brasília, Roberto Munhoz e contou com a presença da secretária-executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Lopes, e do presidente da Embratur, Marcelo Freixo.

Ana Carla destacou que a sustentabilidade precisa ser acompanhada de políticas inclusivas. “Mais do que falar sobre sustentabilidade, precisamos praticá-la. E isso passa por garantir inclusão: não podemos permitir que a COP seja um evento elitizado. Nosso desafio é enorme”, afirmou. Ela também mencionou os esforços do governo para garantir segurança ao turista e criar diretrizes nacionais para um turismo sustentável.
Em seguida, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, ressaltou o impacto positivo das viagens na formação pessoal e cultural. “As pessoas ficam melhores quando viajam e aprendem. O turismo tem essa capacidade de educar e aproximar culturas”, disse.
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