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Após decisão de União Brasil e PP, Gleisi diz que ‘ninguém é obrigado a ficar no governo’

Ministra pondera que gestão ‘não está pedindo para ninguém sair’; partidos consideram expulsar ministros que não deixarem governo

Brasília|Ana Isabel Mansur, Lis Cappi e Rute Moraes, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A ministra Gleisi Hoffmann afirmou que ninguém é obrigado a permanecer no governo após a decisão da Uniã Brasil e do PP de deixar a gestão de Lula.
  • A saída dos ministros do Turismo e do Esporte foi determinada pelos dois partidos, que preveem penalidades para quem não cumprir a decisão.
  • Gleisi destacou que quem continuar no governo deve estar comprometido com o presidente e auxiliar na aprovação das pautas.
  • A determinação dos partidos se aplica também a outros cargos na administração federal, com possíveis punições em caso de descumprimento.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Gleisi: governo 'respeita decisão' das siglas José Cruz/Agência Brasil - 13.08.2025

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, declarou nesta terça-feira (2), que “ninguém é obrigado a ficar no governo”, após os partidos União Brasil e PP (Progressistas) decidirem desembarcar da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.

“Respeitamos a decisão da direção da Federação da UP [União Progressista]. Ninguém é obrigado a ficar no governo. Também não estamos pedindo para ninguém sair”, escreveu Gleisi, pelas redes sociais.


A pasta da ministra é responsável pela articulação política entre Executivo e Legislativo.

Mais cedo, os partidos — que agora formam a União Progressista — mandaram os ministros do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), e do Esporte, André Fufuca (PP), deixarem o governo.


Os dois são filiados às legendas. A decisão prevê penalidades, como expulsão, para quem não cumprir as regras.

No texto, Gleisi relembrou que há mais integrantes dos partidos na gestão de Lula, inclusive em outros ministérios (leia mais abaixo).


“Quem permanecer deve ter compromisso com o presidente. Precisam trabalhar conosco para aprovação das pautas do governo. Isso vale para quem tem mandato e para quem não tem mandato, inclusive para aqueles que indicam pessoas para posições no governo, seja na administração direta, indireta ou regionais”, avisou.

A decisão de União Brasil e PP vale para os ministros eleitos para o Congresso em 2022 e que se licenciaram das funções parlamentares para integrar a Esplanada dos Ministérios — o que inclui Sabino e Fufuca.


O prazo de saída não foi formalizado no anúncio, mas interlocutores relataram ao R7 que as renúncias podem ocorrer ainda nesta terça.

Sob reserva, representantes dos partidos confirmaram à reportagem que os ministros já foram avisados da decisão e que não houve reunião para tentar reverter o cenário no Palácio do Planalto.

Outros órgãos em risco

As legendas estão à frente de outros dois ministérios — Comunicações, com Frederico de Siqueira Filho, e Desenvolvimento Regional, com Waldez Góes. No entanto, como ambos foram indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não devem ser obrigados a renunciar.

Contudo, a determinação dos partidos também será aplicada a outros cargos na administração federal.

“Informamos a todos os detentores de mandato que devem renunciar a qualquer função que ocupem no governo federal”, anunciou o presidente do União, Antonio Rueda.

“Em caso de descumprimento desta determinação, se dirigentes desta federação em seus estados, haverá o afastamento em ato contínuo. Se a permanência persistir, serão adotadas as punições disciplinares previstas no estatuto”, acrescentou.

“Esta decisão representa um gesto de clareza e de coerência. É isso que o povo brasileiro e os eleitores exigem de seus representantes”, concluiu Rueda.

Cobrança de Lula motivou decisão

Desde o primeiro semestre, os dois partidos avaliavam se deveriam sair do governo, mas o debate foi acelerado após uma cobrança de Lula pela falta de defesa, por parte das legendas, de temas da gestão petista em agendas públicas.

A exigência do presidente, que causou mal-estar entre alguns titulares, ocorreu depois do evento que formalizou a federação partidária entre as duas siglas. Na solenidade, houve críticas ao governo.

Outro episódio que levou à fala de Lula foi a derrota do Executivo na instalação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que vai apurar as fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no Congresso Nacional.

Perguntas e Respostas

Qual foi a declaração da ministra Gleisi Hoffmann sobre a permanência no governo?

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que “ninguém é obrigado a ficar no governo” após os partidos UniãO BRASIL e PP decidirem deixar a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. Ela ressaltou que a gestão “não está pedindo para ninguém sair”.

O que motivou a saída dos partidos UniãO BRASIL e PP do governo?

Os partidos decidiram desembarcar do governo após uma cobrança de Lula sobre a falta de defesa de temas da gestão petista em agendas públicas. A decisão foi acelerada após críticas ao governo durante a formalização da federação partidária entre as duas siglas.

Quais ministros foram afetados pela decisão dos partidos?

Os ministros do Turismo, Celso Sabino (UniãO BRASIL), e do Esporte, André Fufuca (PP), foram instruídos a deixar o governo. Ambos são filiados às legendas e a decisão prevê penalidades, como expulsão, para quem não cumprir as regras.

O que Gleisi Hoffmann disse sobre os peões que permanecerem no governo?

Gleisi mencionou que quem permanecer no governo deve ter compromisso com o presidente e trabalhar para a aprovação das pautas do governo, independentemente de terem ou não mandato.

Como os partidos estão lidando com a situação dos ministros?

Os partidos confirmaram que os ministros já foram avisados sobre a decisão e não houve reunião para tentar reverter a situação. A determinação também se aplica a outros cargos na administração federal.

Quais são as consequências para os membros que não cumprirem a decisão dos partidos?

O presidente do UniãO, Antonio Rueda, anunciou que os detentores de mandato devem renunciar a qualquer função no governo federal. Caso contrário, haverá afastamento e punições disciplinares previstas no estatuto.

Qual foi a reação de Antonio Rueda sobre a decisão dos partidos?

Antonio Rueda afirmou que a decisão representa um gesto de clareza e coerência, algo que o povo brasileiro e os eleitores exigem de seus representantes.

Quais outros ministérios estão sob a responsabilidade dos partidos?

Os partidos estão à frente dos ministérios de Comunicações, com Frederico de Siqueira Filho, e Desenvolvimento Regional, com Waldez Góes. No entanto, como ambos foram indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, não devem ser obrigados a renunciar.

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