Setor de serviços reage em setembro, cresce e atinge maior nível da série histórica
Resultado sucede a queda de 0,4% no último relatório e representa ponto mais alto desde que o índice começou a ser medido
Economia|Do R7, em Brasília
O setor de serviços do Brasil cresceu 1% em setembro, indica a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada nesta quarta-feira (13). O resultado sucede a queda de 0,4% percebida no último relatório e representa o ponto mais alto da série histórica.
Até então, o melhor dado tinha sido obtido em julho deste ano — o resultado apresentado hoje superou em 0,6% o número de quatro meses atrás.
LEIA MAIS
Para o gerente da PMS, Rodrigo Lobo, o quadro de setembro foi impulsionado por setores como produção de festivais musicais, empresas de engenharia, transporte dutoviário e edição de livros.
Mas há também incrementos de receita mais constantes em tecnologia da informação; agenciamentos de espaços de publicidade em mídias digitais; intermediação de negócios por aplicativos ou plataformas e-commerce e administração de cartões de desconto e de programas de fidelidade.
“A conjuntura econômica pode até potencializar o crescimento dos serviços, mas não explica sozinha o bom desempenho do setor”, destacou.
Os números do IBGE
Segundo o IBGE, o volume total de serviços em setembro ficou 16,4% acima do patamar pré-pandemia da Covid, cujo marco é fevereiro de 2020.
Há dois meses, as taxas fecharam em níveis positivos tanto na questão setorial quanto na divisão regional — quatro das cinco atividades e 16 das 27 unidades federativas tiveram crescimento na comparação com agosto.
A maior influência no resultado positivo de setembro ficou a cargo da atividade de serviços profissionais, administrativos e complementares (1,4%). Em seguida, estiveram os setores de informação e comunicação (1,0%); transportes (0,7%) e serviços prestados às famílias (0,4%).
O único decréscimo do mês aconteceu em outros serviços (-0,3%). Em relação aos estados, Rio de Janeiro (2,6%) e São Paulo (1%) lideraram os ganhos do setor de serviços.
A PMS investiga a receita bruta de serviços das empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais funcionários. A pesquisa acompanha a conjunta do setor de serviços no Brasil e analisa as firmas que tem como principal atividade serviços não financeiros, excluídas as áreas de saúde e educação. Os dados divulgados são relativos ao penúltimo mês.