Após reunião no Itamaraty, senador fala em isolamento do Brasil frente a tarifas de Trump
Carlos Viana, que faz parte de comitiva de parlamentares aos EUA, lembrou que país ainda não respondeu a contatos do Brasil
Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília
RESUMO DA NOTÍCIA
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O senador Carlos Viana (Podemos-MG) avalia que o Brasil está “isolado” nas negociações com os Estados Unidos, por não haver retorno da Casa Branca aos contatos diplomáticos feitos pelo país.
A avaliação foi divulgada nesta quarta-feira (23), após reunião com o Itamaraty. Por fazer parte da comitiva, o senador participou do encontro de alinhamento com o governo federal.
“Apesar dos esforços do Itamaraty em buscar conversas e a possibilidade de um acordo com o governo americano, não há por parte da Casa Branca essa boa vontade. Eles não têm respondido à diplomacia. Nós, em termos diplomáticos, estamos isolados”, afirmou o senador.
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Viana também destacou que o grupo de parlamentares tentará abrir o espaço de diálogo para a negociação das tarifas de 50%. O aumento da cobrança está previsto para começar em 1º de agosto. Um grupo de congressistas vai aos EUA em 28 de julho e retorna ao Brasil no dia 30 para tentar negociar com os norte-americanos.
Uma das estratégias, segundo o senador, será voltada para o adiamento das tarifas. “Nossa função é buscar os contatos com os parlamentares e abrimos uma nova porta de negociação e de busca por uma solução, mas principalmente por um adiamento das sanções em 1º de agosto”, disse.
O presidente do grupo, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), também afirmou que há necessidade de ampliar relações diplomáticas: “Não pode ficar fria da forma como está.”
O coordenador também destaca que os congressistas terão um papel de diálogo, deixando negociações para o nível diplomático.
Falta de resposta dos EUA
Na reunião com o Itamaraty, o chanceler Mauro Vieira afirmou que há esforço do governo para avançar negociações com o setor privado dos Estados Unidos e com autoridades políticas.
Um embaixador presente relatou que contatos foram reiterados em abril, antes do anúncio das novas tarifas por parte do presidente Donald Trump, mas que não houve retorno.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que também integra a comitiva, lembrou que cartas oficiais enviadas pelo governo brasileiro não foram respondidas. O primeiro comunicado foi enviado em maio. Um segundo foi encaminhado após o anúncio de julho.
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