Após visitas canceladas, policiais retomam trabalho nos presídios
Em manifestação em frente ao Palácio do Buriti, categoria cobrou a regulamentação da Polícia Penal do Distrito Federal
Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília
Os policiais penais, que cruzaram os braços ontem durante assembleia da categoria para votar o indicativo de greve (que não foi aprovado), retomaram os trabalhos nesta sexta-feira (1º). Com isso, diversos serviços cancelados em razão da paralisação nos presídios foram retomados, como visitas e escoltas.
Diante da assembleia marcada para as 8h de quinta, que convocava a participação dos policiais, a juíza Leila Cury, da VEP (Vara de Execuções Penais), decidiu cancelar uma série de atividades desempenhadas pelos policiais penais, como as visitas aos detentos. A juíza determinou que as visitas agendadas fossem remarcadas em até 15 dias.
A entrega de dinheiro, remédios, itens de higiene pessoal e alimentação não ocorreu, assim como os encontros com advogados particulares, audiências judiciais, escoltas não foram realizados. Os atendimentos médicos também foram cancelados, e só os casos urgentes ou relacionados ao pré-natal foram mantidos. Os atendimentos devem ser redistribuídos em uma nova agenda no prazo de 30 dias.
Pela manhã, os agentes ocuparam o Eixo Monumental, em frente ao Palácio do Buriti, em protesto. Os manifestantes cobraram o pagamento de auxílio-saúde, auxílio-uniforme e a regularização da categoria no DF, item que está em discussão na Câmara Legislativa.
Visitas presenciais
A VEP ainda editou novas regras para as visitas presenciais. As medidas seguem em vigor ao longo de todo o mês de abril e podem ser revistas no fim do período, de acordo com as condições da pandemia.
A partir de agora, o comprovante de vacinação será exigido dos visitantes: cada preso pode receber até duas pessoas que estejam imunizadas com pelo menos duas doses de vacina contra a Covid-19. Se o visitante já tiver alcançado o prazo para receber o reforço, será necessário comprovar a imunização com a terceira dose.
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O passaporte da vacina também é requisito para a entrada de visitantes religiosos dos grupos de risco. Assim, a assistência religiosa voltará a ocorrer.
No entanto, o contato físico segue proibido. Quem estiver com sintomas gripais, mesmo que não tenha diagnóstico de infecção pelo coronavírus, não entra nas unidades prisionais. A vedação se aplica para casos de pessoas que tiveram contato com contaminados há pelo menos 14 dias.