O senador Efraim Filho (União Brasil-PB), autor do projeto de lei que prorroga a desoneração da folha até 2027, afirmou nesta sexta-feira (24), ao repórter Yuri Achcar, da Record, que já existe uma articulação política para analisar a derrubada do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao texto. Segundo o parlamentar, a decisão foi "equivocada" e "inconsistente" com o que é defendido pelo PT. "É uma articulação que já está em curso desde o momento da decepção com o anúncio do veto. Também já se começou a trabalhar, articular. Tem, sim, que ter um gasto de energia, de articulação e de engenharia política, já que é um veto que tem um prazo para ser apreciado", defendeu. Lula vetou integralmente, nesta quinta-feira (23), a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia brasileira. Com a decisão do petista, a medida termina em 31 de dezembro deste ano, com risco de perda de 1 milhão de empregos após o fim da validade.• Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo Telegram • Assine a newsletter R7 em Ponto Efraim Filho afirmou ainda que a expectativa é inserir a análise do veto sobre a desoneração na próxima sessão do Congresso, ainda sem data marcada. "Se puder ser antes da votação do Orçamento, é o melhor dos mundos, para que não sejam temas que contaminem a pauta de votação", ressaltou. Em relação à decisão do presidente, o senador argumentou que foi escolhida uma "prioridade errada" entre a arrecadação de impostos e a geração de empregos. "Faltou discernimento entre duas prioridades — uma é arrecadar mais e a outra é preservar empregos e gerar novas oportunidades. Se escolheu a prioridade errada, e isso pode gerar um risco político de um desgaste desnecessário para o governo", disse. Representantes da Força Sindical, da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e da União Geral dos Trabalhadores (UGT) criticaram, nesta sexta-feira (24), o veto do presidente Lula. As centrais sindicais representam aproximadamente 7 milhões de trabalhadores. "Desonerar a folha de pagamento é uma questão de sensibilidade social. A equipe econômica comete um equívoco ao jogar o ajuste fiscal no setor produtivo e no emprego formal, pois a conta será absorvida pelos trabalhadores, seja com o desemprego ou com a informalidade", afirmam, em nota.